Número de focos de queimadas registrados nos biomas, entre 1º de janeiro e 23 de junho, é o maior desde o início do monitoramento, em 1988
O Pantanal e o Cerrado registraram, no começo de 2024, o maior número de focos de incêndio desde 1988, quando começou o monitoramento de queimadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No Pantanal, foram identificados 3.262 focos de incêndio entre 1º de janeiro e 23 de junho — número 22 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado, conforme o Inpe.
Nesta segunda-feira (24), o governo do Mato Grosso do Sul decretou estado de emergência devido aos incêndios que se alastram em seu território. Só em junho, 1.729 focos de incêndio foram identificados por satélite na região. Corumbá (MS) concentra a maior parte dos incêndios, com 1.291 focos. Vídeos do tradicional Arraial do Banho de São João, que ocorreu na cidade no sábado (22/6), mostram uma “cortina de fogo” nas imediações do evento.
O Cerrado, por sua vez, registrou 12.097 focos de incêndio desde o começo do ano, um aumento de 32% com relação ao mesmo período de 2023. Mais de 50% das áreas atingidas fazem parte da principal fronteira de expansão agrícola do país, conhecida como Matopiba — Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
(Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)