O fogo no Pantanal avançou quase 400 mil hectares, em menos de uma semana, o que equivale a aproximadamente 400 mil campos de futebol. No dia 30/07, a área total afetada pelas queimadas totalizava 700 mil hectares no Pantanal sul-mato-grossense, e em 06/07, sete dias depois, o número já havia subido para um milhão de hectares.
Isso representou uma alta de 55% em apenas sete dias e, segundo dados oficiais, é o maior incêndio da história do Pantanal. Até então, o ano de 2020 acumulava a maior área afetada pelas queimadas, com 500 mil hectares carbonizados, mas que não representa nem metade da área atingida neste ano.
Segundo ativistas ambientais, o cenário cumpre as projeções mais pessimistas. “Existe toda uma tragédia anunciada que vem se manifestando ano após ano. A situação é bastante grave.”
CERRADO
O Cerrado em relação a outros biomas, apresenta uma situação ainda mais assustadora: no ano passado, o desmatamento na região ultrapassou a da Amazônia pela primeira vez na história, crescendo 66,7% de 2022 para 2023. Vale destacar que o cerrado é o nascedouro de rios extremamente importantes para diversas bacias hidrográficas brasileiras, então esse sintoma que o bioma vem passando, na verdade, é consequência do desmatamento.
Vale lembrar que a temporada de seca ainda não chegou ao seu auge, o que significa que a situação pode ficar pior, sobretudo pela ausência de chuvas . O pico da seca é por volta de setembro, mas em 2024 essa temporada de fogo foi antecipada e pode ainda atingir seu máximo. A diminuição da umidade altera o equilíbrio biológico e afeta a população que sofre os efeitos da seca . O Opinião em pauta, acompanha o desdobramento de toda essa crise climática que exige uma transição imediata na relação com o meio ambiente.
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