Puxado por preços da educação, IPCA-15 acelera para 0,78% em fevereiro

O grupo Educação teve alta de 5,07% no mês, puxado pelos cursos regulares, que subiram 6,13%

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, subiu 0,78% em fevereiro, abaixo da expectativa consensual de 0,82%.  Em janeiro, o indicador teve expansão de 0,31%, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira (27).

No ano, o índice acumula alta de 1,09% e nos últimos 12 meses, de 4,49%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2023, o IPCA-15 foi de 0,76%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito registraram alta em fevereiro. O resultado foi, em grande parte, influenciado pelo grupo Educação, com alta de 5,07% e impacto de 0,30 ponto percentual no índice geral.

O grupo foi puxado pelos cursos regulares, que tiveram alta de 6,13% e 0,27 ponto percentual (p.p) de impacto, por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo. As maiores variações vieram do ensino médio (8,58%), do ensino fundamental (8,23%), da pré-escola (8,14%) e da creche (5,91%). Curso técnico (6,01%), Ensino superior (3,74%) e pós-graduação (2,81%) também tiveram altas.

Outros grupos com destaque foram o de Alimentação e bebidas, com alta de 0,97% e impacto de 0,20 p.p. no indicador, e de Saúde e cuidados pessoais (0,76% e 0,10 p.p.). No grupo de alimentos, a alimentação no domicílio subiu 1,16% em fevereiro. Contribuíram para esse resultado as altas da cenoura (36,21%), da batata-inglesa (22,58%), do feijão-carioca (7,21%), do arroz (5,85%) e das frutas (2,24%). Enquanto isso, a alimentação fora do domicílio (0,48%) acelerou em relação ao mês de janeiro (0,24%). Tanto a refeição (0,35%) quanto o lanche (0,79%) tiveram variações superiores às observadas no mês anterior (0,32% e 0,16%, respectivamente).

Já em Saúde e cuidados pessoais, o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%), pelos produtos farmacêuticos (0,61%) e pelos itens de higiene pessoal (0,70%). Destacam-se as altas do produto para pele (1,67%) e do perfume (1,34%). No grupo Habitação (0,14%), o resultado da taxa de água e esgoto (0,27%) foi influenciado pelo reajuste médio de 4,21% em Belo Horizonte (3,06%), a partir de 1º de janeiro. Em gás encanado (-0,90%), os seguintes reajustes tarifários foram incorporados: no Rio de Janeiro (-0,87%), reduções médias de 0,45% a partir de 1° de janeiro e de 1,30% a partir de 1º de fevereiro; em Curitiba (-4,81%), reduções de 6,82% a partir de 1º de janeiro e de 2,29% a partir de 1º de fevereiro.

No grupo Transportes (0,15%), houve queda na passagem aérea (-10,65% e -0,10 p.p.). Em relação aos combustíveis (0,77%), houve alta nos preços do gás veicular (3,83%), da gasolina (0,84%) e do etanol (0,32%), enquanto o óleo diesel (-0,32%) registrou queda. O subitem táxi apresentou alta de 0,98% devido aos seguintes reajustes: a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (2,19%) e de 4,61% em Salvador (2,38%); e, a partir de 8 de fevereiro, de 8,31% em Belo Horizonte (2,15%).

Em Comunicação (1,67%), o resultado foi influenciado pelas altas de tv por assinatura (4,02%) e do combo de telefonia, internet e tv por assinatura (3,29%). A exceção ficou com o grupo Vestuário, que registrou queda em fevereiro, com variação de -0,39% e impacto de -0,02 p.p no índice geral.

 

(Foto: Divulgação)

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