Provável ministra indígena do Governo Lula fala em transformar garimpo ilegal em crime hediondo

Caso se confirme a criação pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  a criação do o Ministério dos Povos Originários provavelmente o órgão será

E se o critério for apoio de lideranças indígenas para indicação da futura chefia do ministério, a deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) tem boas chances de ser a escolhida.

Casos seja confirmada no cargo,  Joenia defende a apresentação de  uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) evidenciando a completa proibição do garimpo nas terras indígenas.

“Já é proibido, mas é importante deixar isso bem claro. Outra necessidade é aumentar a fiscalização financeira e o controle do comércio de ouro. A gente precisa estabelecer também o aumento da pena. Eu sei que as penas de crimes ambientais estabelecidas no artigo 55 da lei de crimes ambientais são insuficientes do ponto de vista prático. A fiscalização vai lá, apreende as máquinas, prende quem está invadindo terra pública ou terra indígena e o invasor vai na polícia prestar depoimento, mas depois vai embora. É preciso rever um pouco a consequência para quem pratica garimpo ilegal. A dosagem dessa penalidade tem que ser adequada, ou então a pessoa vai achar que vale a pena pagar uma multa para extrair ouro ilegal”, revela a deputada federal em entrevista ao Repórter Brasil.

Primeira mulher indígena eleita para o Congresso, em 2018, a advogada ganhou apoio do cacique Raoni Metuktire, liderança histórica do povo Kayapó, que gravou um vídeo para a deputada.

O escritor Ailton Krenak também endossou o nome dela, assim como o escritor e xamã do povo Yanomami Davi Kopenawa, que lhe enviou uma carta. “Temos que ouvir os sábios”, disse Alessandra Munduruku, guerreira fundamental contra o garimpo ilegal na bacia do rio Tapajós (PA), ao comentar o vídeo de Raoni.

Na foto de Edmar Barros – AP, balsa sendo queimada em garimpo ilegal, na Amazônia.

 Com informação do Repórter Brasil 

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