A administração de Lula está reconsiderando a possibilidade de enviar a embaixadora brasileira na Venezuela, Glivânia Maria, para a cerimônia de posse do presidente Nicolás Maduro, agendada para esta sexta-feira (10) em Caracas.
A incerteza do governo em relação ao envio da embaixadora surgiu após o ataque enfrentado nesta quinta-feira (9) pela chefe da oposição venezuelana, Maria Corina Machado.
Corina, uma forte crítica de Maduro, foi detida durante uma manifestação de rua organizada pela oposição na Venezuela. De acordo com membros da própria oposição, ela foi liberada logo em seguida, mas os detalhes do ocorrido permanecem incertos.
“Neste momento, estamos analisando todas as possibilidades, incluindo o ocorrido e a participação na posse de amanhã. Cada aspecto está sendo considerado”, afirmou um membro da administração.
Prisão da opositora
María Corina realizou sua primeira apresentação em público após cinco meses nesta quinta-feira, durante um discurso para os manifestantes na área de Chacao, nos arredores da capital da Venezuela.
A legenda da adversária declarou em uma plataforma social que integrantes do governo de Maduro agrediram motocicletas que levavam María Corina Machado. A oposição afirmou que houve tiros de armas de fogo.
Alg algumas horas depois, a oposição informou que María Corina esteve sob a influência de agentes ligados ao chavismo por um período e foi forçada a filmar determinados vídeos. Em seguida, foi solta. Não foram divulgados mais detalhes sobre o ocorrido.
Nesta terça-feira, 9 de janeiro, ao deixar um ponto de reunião em Chacao, Caracas, María Corina Machado (@MariaCorinaYA) foi parada e derrubada da motocicleta em que estava. Durante o ocorrido, tiros foram disparados. Ela foi levada à força. Durante o tempo em que esteve em cativeiro, foi forçada a gravar diversos vídeos e, posteriormente, foi libertada, segundo informações divulgadas pela oposição no X.
Os representantes do governo de Maduro refutaram a detenção e descreveram o incidente como uma “distração” e uma “narrativa promovida” pela oposição. (Foto: Reprodução)