Presidente do Senado diz que anistia ‘não é o assunto dos brasileiros’

O líder do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), declarou nesta quarta-feira (19) que “todos os cidadãos possuem o direito à defesa completa e ao contraditório”. Ele fez essa afirmação ao ser indagado sobre a acusação da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Durante a entrevista realizada na quarta-feira, Alcolumbre foi questionado sobre a sugestão de anistia para os golpistas de 8 de janeiro, proposta por Bolsonaro e alguns membros da oposição. Em sua resposta, o presidente do Senado afirmou que esse “não é um tema relevante para os brasileiros”.

Esse não é um tema que estamos discutindo. Ao abordarmos esse assunto repetidamente, estamos novamente permitindo que em nossa sociedade continuemos a dividir uma questão que não reflete a realidade dos brasileiros”, disse Alcolumbre.

Alcolumbre foi escolhido para seu segundo mandato à frente do Senado com o respaldo de legendas que sustentam o governo, como o PT, além de ter também o apoio de partidos oposicionistas, incluindo o PL de Jair Bolsonaro.

Durante uma entrevista no Congresso nesta quarta-feira, o deputado do Amapá ressaltou a importância de distinguir as questões políticas das jurídicas. Ele também mencionou que a acusação será analisada pelo sistema judiciário e que não está a par de todos os detalhes da investigação.

Alcolumbre mencionou que dialogou com diversos senadores que, assim como ele, reconhecem que Bolsonaro possui o direito de se defender das acusações que lhe foram feitas.

Na minha visão, sob a perspectiva jurídica, todo indivíduo possui o direito à ampla defesa e ao contraditório, permitindo-lhe demonstrar sua inocência ao longo do processo. Atualmente, encontramos-nos em uma etapa inicial, onde as partes terão a oportunidade de apresentar suas defesas. Não quero criar polêmica, evitando comentários que possam acirrar os ânimos ou assumir um papel que não nos compete“, afirmou o senador.

Alcolumbre ressaltou que a acusação não deve ser transformada em uma questão política e que o procedimento deve seguir com “neutralidade” e de acordo com o “devido processo legal” (Foto: Reprodução)

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