Presidente de Câmara é condenado por lavagem de dinheiro

O presidente da Câmara Municipal de Novo Hamburgo, Emerson Fernando Lourenço (foto), foi condenado por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Junto com mais cinco pessoas, ele foi acusado de usar imóveis para lavar dinheiro do tráfico de drogas e jogos de azar na Região Metropolitana de Porto Alegre.

O grupo pode recorrer da decisão em liberdade.

O juiz Roberto Coutinho Borba, da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro, foi quem proferiu a sentença.

O juiz afirmou que Lourenço comandava o esquema, ostentando posição de liderança perante os demais envolvidos.

Um operador financeiro do esquema também foi condenado por nove anos e quatro meses de prisão, sendo impedido de ocupar cargos públicos por oito anos.

Outras quatro pessoas, acusadas de atuarem como “laranjas” da organização criminosa, foram condenadas, sendo duas delas apenas por lavagem de dinheiro.

Uma pessoa foi absolvida por falta de provas.

A defesa do vereador e dos cinco acusados alegou que o inquérito policial foi feito por um delegado “inimigo público”.

O advogado dos réus sustentou que não houve lavagem de dinheiro e organização criminosa, pois os envolvidos teriam apenas realizado favores para que o vereador pudesse trabalhar em sua empresa de transportes, praticando, no máximo, o delito de sonegação fiscal.

A defesa questiona pontos do inquérito policial e da instrução do processo e irá recorrer da sentença.

O Ministério Público apresentou denúncia sustentando que os crimes foram cometidos entre janeiro de 2012 e dezembro de 2018.

A acusação narrou que, entre abril de 2015 e dezembro de 2018, os réus teriam adquirido diversos bens imóveis com dinheiro de atos ilícitos. Ainda de acordo com o MP, o grupo atuava em Novo Hamburgo, na cidade vizinha de São Leopoldo e em Tramandaí, no Litoral Norte.

Uma das provas anexadas ao processo mostra transações financeiras realizadas entre o grupo e o chefe de uma facção criminosa da Região Metropolitana que estava preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas. (Foto Rede Social)

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