O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por não estar presente na cerimônia de posse de Nicolás Maduro, que tomará posse para seu terceiro mandato no governo da Venezuela. Além disso, ministros do Brasil também não participarão do evento. Para a representação do Brasil na ocasião, agendada para 10 de janeiro em Caracas, Lula nomeou a diplomata Glivânia Maria de Oliveira, que é a embaixadora do Brasil na Venezuela.
A decisão vem em meio a uma crise nas relações diplomáticas, que se intensificou quando o governo do Brasil pediu mais clareza na apresentação dos resultados das eleições na Venezuela. No processo eleitoral, que aconteceu no final de julho de 2024, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela anunciou Maduro, que está no cargo desde 2013, como o ganhador, superando seu principal concorrente, Edmundo Gonzáles.
A oposição não aceitou o resultado, afirmando ter vencido. Diante da pressão para tomar uma posição, o Brasil optou por se manter neutro, não reconhecendo a vitória de nenhum dos lados. Lula também solicitou a Maduro que apresentasse os documentos eleitorais que validassem sua conquista. Em contrapartida, o presidente da Venezuela criticou Celso Amorim, assessor especial de Lula para questões internacionais.
Embora Lula não tenha formalmente admitido a vitória de Maduro, a designação de uma representante do Brasil para a cerimônia de posse demonstra a vontade de manter relações diplomáticas com Caracas. Essa ação evidencia o compromisso em manter o diálogo, com a intenção de ajudar, futuramente, na superação da crise política que aflige a nação vizinha. (Foto: G1)
