Gasolina pesa no bolso, mas prévia da inflação na Grande Belém desacelera

Prévia da Inflação varia 0,80% em abril na RMB. Ainda assim, variação é menos da metade do índice registrado em abril do ano passado.

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) da Região Metropolitana de Belém (RMB), a prévia da inflação oficial, apresentou alta de 0,80% em abril, após registrar 0,69% tanto em fevereiro quanto em março – resultados que estancaram as altas consecutivas dos três últimos meses de 2022 e de janeiro deste ano (0,83%). Apesar da elevação, o índice atual é menos da metade da variação registrada na RMB no mesmo período do ano passado, quando a variação dos preços gerais chegou a 1,66%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,05% e, em 12 meses, de 4,17%, novamente bem abaixo dos 4,64% e 10,70% registrados nos respectivos períodos anotados em abril do ano anterior na Grande Belém. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No geral, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados na RMB registraram inflação no mês de abril. A maior variação (2,27%) e o maior impacto no índice do mês (0,29 ponto percentual) vieram dos Transportes, que haviam subido 1,70% em março. Na sequência, contribuíram com o resultado do mês os grupos Artigos de Residência (0,72%), Saúde e cuidados pessoais (0,68%) e Vestuário (0,56%).

Assim como no mês anterior, a alta do grupo Transportes (2,27%) em Belém foi puxada pelo aumento nos preços da gasolina (4,42%), subitem que contribuiu com o maior impacto individual no IPCA-15 de abril (0,17 p.p.). Óleo diesel (-2,59%), por sua vez, registrou queda. Cabe ressaltar também a alta de 12,56% nas passagens aéreas, após recuo de 0,75% em março.

Em Saúde e cuidados pessoais (0,68%), o bolso dos habitantes da Grande Belém sentiu mais o peso dos valores dos produtos farmacêuticos (2,97%), decorrente da autorização do reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos, a partir de 31 de março. Os itens de higiene pessoal tiveram desaceleração de 4,09% em março para -0,32% no IPCA-15 de abril, influenciados, principalmente, pelos perfumes (-1,73%). Além disso, o item plano de saúde (1,21%) segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

No grupo Habitação (0,43%), o destaque foi a energia elétrica residencial na RMB, com alta de 0,06% e contribuição de 0,03 p.p. Os Artigos de Residência (0,72%) tiveram grande influência pelas elevações dos preços dos móveis (0,86%) e dos eletrodomésticos (1,39%). Já o grupo Vestuário (0,56%) apontou as maiores altas nos preços das roupas masculinas (0,84%) e dos calçados e acessórios (1,08%). Os outros grupos que pesaram na conta dos belenenses foram os de Despesas Pessoais (0,46%) e de Educação (0,24%).

O grupo de Alimentação e bebidas, que representa 28,23% do orçamento das famílias da Grande Belém, também voltou a acelerar. A variação de preços passou de 0,26% em março para 0,51% neste mês de abril. Destacam-se as elevações dos preços da cenoura (20,51%), do açaí (8,84%), do ovo de galinha (8,80%), do feijão carioca (6,63%) e do arroz (2,61%). Em compensação, caíram os valores da cebola (-9,60%), da batata-inglesa (-8,99%) , do tomate (-8,64%), do óleo de soja (-7,84%) e do leite longa vida (-3,80%).

Com isso, a alimentação no domicílio no mês de abril ficou 0,34% mais cara na Grande Belém – ante 0,11% em março. A alimentação fora do domicílio, por sua vez, ficou ainda mais pesada, passando de 0,88% para 1,25% nos dois últimos meses. O lanche desacelerou (de 1,90% em março para 0,60% em abril), enquanto a refeição (1,80%) disparou em relação ao mês anterior (0,29%). Por fim, o grupo Comunicação foi o único que ficou praticamente estável (-0,06%) em abril.  Os preços foram coletados no período de 16 de março a 13 de abril de 2023 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 11 de fevereiro a 15 de março de 2023 (base).

 

Confira os produtos que mais variaram os preços na primeira quinzena de abril na Região Metropolitana de Belém:

Ficaram mais caros

Cenoura 20,51%
 Passagem aérea 12,56%
 Açaí (emulsão) 8,84%
 Ovo de galinha 8,80%
 Melão 7,76%
 Feijão-carioca (rajado) 6,63%
 Abacaxi 5,93%
 Anti-infeccioso e antibiótico 4,69%
 Anti-inflamatório e antirreumático 4,47%

 

Ficaram mais baratos 

Cebola -9,60%
 Batata-inglesa -8,99%
 Maçã -8,81%
 Tomate -8,64%
 Abacate -7,98%
 Óleo de soja -7,84%
 Filé-mignon -5,81%
 Leite condensado -4,99%
 Alface -4,46%
 Leite longa vida -3,80%

 

Fonte: IBGE

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