Preço da cesta básica fica mais barata em 12 das 17 capitais brasileiras, aponta Dieese

Pesquisa mostra que Aracaju tem o valor mais baixo enquanto Porto Alegre mantém a cesta mais cara

 

Em outubro de 2023, o valor da cesta básica caiu em 12 das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essas flutuações refletem diversos fatores, incluindo a safra, a demanda e a oferta no mercado. As maiores quedas foram registradas em Natal (-2,82%), Recife (-2,30%), e Brasília (-2,18%). Por outro lado, algumas cidades apresentaram altas nos preços da cesta básica, com destaque para Fortaleza (1,32%), Campo Grande (1,08%), Goiânia (0,81%), São Paulo (0,46%), e Rio de Janeiro (0,17%).

Porto Alegre liderou como a cidade com a cesta básica mais cara, atingindo R$ 739,21, seguida por Florianópolis (R$ 738,77), São Paulo (R$ 738,13) e Rio de Janeiro (R$ 721,17). Já nas capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os preços médios foram menores, destacando-se Aracaju (R$ 521,96), João Pessoa (R$ 554,88) e Recife (R$ 557,10).

Comparando os valores da cesta entre outubro de 2022 e outubro de 2023, 12 capitais tiveram uma redução no preço médio, destacando-se Brasília (-7,34%), Campo Grande (-6,91%) e Goiânia (-5,88%). Enquanto outras cinco cidades tiveram variações positivas, com aumento nos preços. No acumulado dos dez primeiros meses de 2023, o custo da cesta básica caiu em 16 das 17 capitais apuradas, variando de -11,1%, em Brasília, e -0,3% em Natal. A única alta foi em Aracaju (0,17%).

Baseado na cesta mais cara (Porto Alegre) e na determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas da família de um trabalhador com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese aponta que o valor necessário, em outubro, deveria ter sido R$ 6.210,11, ou seja, 4,6 vezes o mínimo atual de R$ 1.320.

Entre os produtos que tiveram queda nos preços, estão o leite integral, com uma diminuição em 15 capitais; o feijão carioquinha em todos os locais em que é pesquisado (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo); o feijão preto caiu em três das cinco capitais em que é pesquisado (Região Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo); e o tomate que apresentou preço menor em 12 capitais.

Em relação aos produtos específicos, o leite integral ficou mais barato em 15 capitais. A oferta do produto foi maior, por causa da produção de leite no campo e da importação, o que fez com que os preços diminuíssem no varejo. O feijão carioquinha diminuiu em todas as cidades onde é pesquisado: capitais do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Belo Horizonte e São Paulo. Os grãos oriundos da colheita irrigada abasteceram o varejo e houve queda nos valores. O tomate teve uma diminuição de preço em 12 capitais, enquanto a batata ficou mais cara nas capitais do Centro-Sul.

O feijão tipo preto teve uma queda de preço em três das cinco capitais onde foi pesquisado (Região Sul, Rio de Janeiro e Espírito Santo), enquanto o arroz agulhinha ficou mais caro em todas as capitais. O pão francês e o açúcar também tiveram seus preços ajustados, com aumento em 13 capitais para o pão e em 11 cidades para o açúcar.

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