A pesquisa também revelou que 90% dos eleitores não se arrependem do voto no segundo turno nas eleições 2022
A polarização entre petistas e bolsonaristas é a mesma observada no pós-eleição de 2022. Segundo pesquisa do Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de São Paulo na na noite de segunda-feira (18), 30% dos eleitores se definem apoiadores convictos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto 25% se identificam com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em dezembro de 2022, quando propôs a aferição pela primeira vez, o instituto encontrou 32% de petistas, número similar ao atual devido à margem de erro de dois pontos percentuais, e os mesmos 25% de aderentes de Jair Bolsonaro (PL). Durante 2023, o Datafolha repetiu o levantamento em outras três ocasiões antes da atual, feita com 2.004 pessoas no dia 5 deste mês. Em todas, a flutuação do cenário foi mínima, dentro da margem de erro.
E não só nos extremos. O questionário visa apurar como o eleitor brasileiro se define, numa escala de 1 (bolsonaristas) a 5 (petista). Nos níveis intermediários, tudo igual: 10% se dizem mais simpáticos ao PT do presidente Lula, ante 9% há um ano. Já aqueles que se veem mais próximos do ex-presidente são os mesmos 7%.
Mantendo o mesmo mapa eleitoral, Lula continua tendo maior apoio na região Nordeste (51%), enquanto Bolsonaro é mais apoiado no Sul (35%). O brasileiros que se identificam mais ao centro do espectro político contabilizam 21%. Já os que rejeitam todos os partidos continuam nos 5% — mesmo índice registrado no ano passado.
A pesquisa também revelou que 90% dos eleitores não se arrependem do voto no segundo turno das eleições de 2022, enquanto 8% afirmam que não fizeram uma boa escolha e mudariam de voto. O Datafolha também mediu a confiança dos brasileiros nos então candidatos: 38% disseram confiar mais neles agora do que nas eleições e 43% declararam que a confiabilidade é a mesma.
Entre os eleitores de Lula, 40% afirmaram que a confiança nele cresceu e 41% se mantiveram estáveis. Por outro lado, 36% dos eleitores do ex-presidente Bolsonaro disseram confiar mais nele agora e 46% citaram que a confiança permanece a mesma, mesmo após o político ter se tornado inelegível por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação (durante reunião realizada no Palácio da Alvorada com embaixadores estrangeiros no dia 18 de julho de 2022).
(Foto: © Reuters)