Planalto aguarda pedido de demissão do ministro Juscelino Filho

Membros da administração Lula (PT) estão exercendo pressão para que o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), renuncie ao seu cargo, depois que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou acusações de corrupção passiva e outros delitos associados ao desvio de emendas.

De acordo com membros do governo, a expectativa de que Juscelino decida se pronunciar para se defender durante seu tempo como deputado federal, cargo do qual ele se afastou para ocupar o ministério. Um desses ministros recorda que Lula já havia expressado à liderança do União Brasil o seu anseio de que o ministro se retirasse do posto quando foi acusado pela Polícia Federal em junho de 2024, mas isso não ocorreu.

No mesmo mês, o presidente da República declarou que removeria Juscelino de sua função caso ele fosse acusado pela PGR. Na oportunidade, Lula mencionou que o ministro tinha conhecimento do que estava acontecendo.

 

O que Lula já disse sobre a permanência do ministro

O presidente Lula (PT) tem reiterado em múltiplas oportunidades a importância de manter a presunção de inocência e o devido processo legal, ao ser indagado sobre a situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União), que agora foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República em um inquérito a respeito de um suposto desvio de emendas durante seu período como deputado federal.

Em junho de 2024, a Polícia Federal formalizou o indiciamento de Juscelino, momento em que Lula afirmou que tomaria a decisão de afastar o ministro se houvesse uma denúncia. “Existem solicitações de indiciamento feitas pela Polícia Federal que devem ser aprovadas por Alexandre de Moraes ou pelo procurador-geral da República“, declarou o presidente em uma entrevista ao UOL.

“O que eu disse para ele: só você sabe a verdade. Se o procurador indiciar (denunciar), você sabe que tem que mudar de posição. Enquanto não houver indiciamento (denúncia), ele fica como ministro. Se houver indiciamento (denúncia), ele será afastado.”., disse o presidente.

Entretanto, a acusação precisaria ser feita pela PGR (como aconteceu hoje), e a análise compete, nesse caso, ao Supremo Tribunal Federal.

A PF indiciou Juscelino por crimes como corrupção passiva e organização criminosa, ao concluir uma apuração sobre supostos desvios de recursos de obras de pavimentação da estatal Codevasf em Vitorino Freire, no Maranhão, cidade que era comandada por por Luanna Rezende, irmã de Juscelino. (Foto: Reprodução)

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