A pirataria e o contrabando deram um prejuízo de mais de R$ 400 bilhões em 2022 aos cofres públicos.
Levantamento divulgado pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade aponta que as maiores perdas de arrecadação no ano passado foram com a falsificação ou uso indevido das marcas de roupas e acessórios, totalizando R$ 84 bilhões.
Ao todo, as perdas para empresas brasileiras e na arrecadação de impostos somaram mais de R$ 410 bilhões no último ano.
Outros setores prejudicados:
– Bebidas alcoólicas – R$ 72 bilhões);
– Perfumaria e cosméticos – (R$ 21 bilhões);
– Defensivos agrícolas (R$ 20,8 bilhões);
– TV por assinatura (R$ 12,1 bilhões);
– Material esportivo (R$ 12 bilhões);
– Cigarros (R$ 10,5 bilhões);
– Óculos (R$ 9,5 bilhões);
– Audiovisual (R$ 4 bilhões);
– Celulares (R$ 2,3 bilhões).
Uma das principais rotas usadas é a fronteira do Brasil com o Paraguai em Foz do Iguaçu (PR). O acesso da Cidade do Leste (PAR) é a porta de entrada de muitos produtos que são vendidos. O galpão da Receita Federal de Foz do Iguaçu tem inúmeras caixas com produtos que entraram de forma ilegal no Brasil. As apreensões representam 13% de tudo o que foi retido entre janeiro e junho deste ano.
“O Paraguai produz 65 bilhões de cigarros e consome 2 bilhões. O resto é tudo contrabandeado. Não tem nenhuma exportação legal de cigarro para o Brasil”, explica Edson Vismona, presidente do Fórum Nacional Contra a Pirataria.
No primeiro semestre de 2023, mais de R$ 229 milhões em produtos que saem de indústrias do tabaco principalmente do Paraguai foram apreendidos na região. (Foto:REUTERS/Divulgação)