PF prepara relatório complementar sobre tentativa de golpe

A Polícia Federal (PF) está elaborando um relatório adicional como parte da investigação relacionada à tentativa de derrubar o governo, conforme indicou o diretor-geral da instituição, Andrei Passos Rodrigues. Este novo documento fornecerá um suporte extra para as avaliações da Procuradoria-Geral da República (PGR), que está atualmente revisando o inquérito finalizado em novembro, o qual resultou na acusação de Jair Bolsonaro e outros membros proeminentes da administração passada.

Continuam existindo questões em investigação, especialmente devido à Operação Contragolpe, que ocorreu em novembro. Com base nas apreensões feitas nesta etapa, nos depoimentos coletados e nos que ainda serão realizados, além de outros aspectos em análise, iremos concluir um relatório adicional que também servirá como suporte para a Procuradoria-Geral da República realizar sua avaliação“, afirmou ele em uma entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta segunda-feira (6).

Durante a entrevista, Rodrigues destacou que a PF não iráfazer vista grossa para ninguém”, seja em relação a militares ou policiais. “Todos nós compartilhamos a convicção de que é necessário dissociar as instituições daqueles indivíduos que agiram de forma inadequada. Inclusive, um agente da polícia federal já foi detido. Não iremos isentar ninguém, independentemente de ser militar, policial ou um profissional autônomo…”, disse ele.

Em novembro, a Polícia Federal finalizou uma investigação que investiga a presença de um grupo criminoso supostamente envolvido em ações coordenadas para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e de seu vice, Geraldo Alckmin, no governo de 2022, após a derrota de Jair Bolsonaro nas últimas eleições. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou o envio do relatório final da PF à Procuradoria Geral da República.

Entre os acusados pelos delitos de derrubada violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e formação de organização criminosa, estão Bolsonaro; o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos; o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que foi diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin); o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército, Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto. (Foto: Reprodução)

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