PF investiga amigo de secretário de Saúde do RJ por suspeita de lavagem de dinheiro

Uma empresa que recebeu mais de R$ 2,6 milhões do governo do Rio de Janeiro está na mira da Polícia Federal.

No estado, a Ralic tem contratos para fornecimento de remédios.

Ela tinha como dono, Rafael Bittencourt Licurci de Oliveira, citado na investigação e amigo do secretário estadual de Saúde, Doutor Luizinho.

Dos contratos que tem com o RJ, a Ralic tem a maioria deles, 70%, na Secretaria de Saúde.

Os outros contratos, no Fundo Especial do Corpo de Bombeiros e no Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que já recebeu verbas de emendas parlamentares de alguns políticos. Entre eles, o Doutor Luizinho.

A empresa funciona em um galpão em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e tem como atividade principal a venda de medicamentos, embora esteja cadastrada para as diversas finalidades como venda de chope até de produtos de higiene.

Passa até pela venda de suprimentos de informática, de agenciamento de serviços à locação de mão de obra temporária.

Valor sacado

Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) afirma que há fortes indícios de lavagem de dinheiro por parte da Ralic e de seu antigo dono, Rafael Bittencourt.

Entre 2017 e 2018, entraram R$ 11 milhões nas contas da empresa.

Um outro dado chamou a atenção dos investigadores: o valor sacado foi de quase R$ 998 mil em dinheiro.

No mesmo período, entre 2 de outubro de 2017 e 5 de outubro de 2018, Rafael Bittencourt recebeu depósitos de quase R$ 2,8 milhões da empresa. As movimentações são incompatíveis com a capacidade financeira declarada por Rafael, de acordo com o Coaf.

Por serem em dinheiro, dificultam a identificação do destino dos recursos.

A ascenção da Ralic, que vem ganhando contratos em prefeituras da Baixada Fluminense, também entrou no radar do Ministério Público. (Foto: TV Globo/Reprodução)

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