Pesquisa encomendada pelo Planalto mostra Governo Lula com 62% de avaliação positiva

A pesquisa Ipri entrevistou 21.515 pessoas em todo o país, contra uma média de 2 mil de outros institutos, com maior margem de erro.

 

 

Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa em Reputação e Imagem (Ipri), da agência FSB Comunicação, a pedido do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou que 62% dos brasileiros avaliam positivamente o trabalho da gestão petista. Outros 29% desaprovam o desempenho de Lula 3 e 9% não souberam dizer ou responder.

De acordo com a pesquisa conduzida entre 6 e 30 de janeiro de 2024, foram entrevistadas 21.515 pessoas em todo o país, a partir dos 16 anos de idade, seguindo uma amostra representativa da população. A margem de erro foi de 1,3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95%. Com esses dados, a pesquisa revela um avanço do presidente Lula sobre o eleitorado do ex-presidente Bolsonaro. A ideia de que Lula consegue unir o país tem crescido na opinião pública.

A percepção de melhora na economia, especialmente com o Natal gordo, também pode ter contribuido para os números positivos, assim como a esperança e otimismo com o futuro do emprego e da situação da família também apresenta melhora. O tema da segurança pública, no entanto, é o que mais afeta os números negativos do governo.

A aprovação da gestão, segundo o Ipri/FSB, demonstrou uma variação significativa ao longo dos meses, atingindo seu ápice em fevereiro de 2023, com 64%, e apresentando seu menor índice em maio do mesmo ano, com 50%. No último levantamento, realizado em dezembro, a aprovação situava-se em 59%, mostrando uma variação dentro da margem de erro.

Os dados contrastam com os resultados de outras pesquisas divulgadas por empresas do ramo, mas revelam uma estabilidade na percepção dos brasileiros em relação ao governo de Lula. O Quaest, por exemplo, apontou uma aprovação de 54% e 43% de desaprovação para a gestão em dezembro de 2024, com margem de erro de 2,2 p.p. A diferença nos levantamentos apontam para diferenças na metodologia e nos critérios utilizados. O Quaest, por exemplo, entrevistou 2.012 pessoas contra dez vezes mais do Ipri.

Os resultados completos e a metodologia das pesquisas encomendadas pelo governo são utilizados como embasamento para políticas públicas, por isso, não são abertos para acesso aos resultados e às metodologias adotadas, segundo a Secom informou à imprensa que veículos que divulgaram os dados. Os levantamentos presenciais também têm sido falhos em detectar uma variação maior na opinião detectada pelas redes sociais. O Ipri, fundado em 2008, atua em projetos de pesquisa quantitativa e qualitativa para diversos clientes do setor público e privado.

(Foto: Ricardo Stuckert / PR/Divulgação)

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