Pesquisa Atlas: Antibolsonarismo já supera o antipetismo

O levantamento ouviu a opinião de 2.122 pessoas entre os dias 04 e 07 de março

 

O ex-presidente  Jair Bolsonaro (PL) é mais rejeitado do que o atual chefe do Executivo,  Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Essa, ao menos, é a constatação da pesquisa AtlasIntel, divulgada nesta sexta-feira (8). Na pesquisa, a maior parte dos entrevistados se diz petistas (31,2%) ou antibolsonaristas (16,5%), enquanto 32% dizem ser bolsonaristas e apenas 8,6% antipetistas.

Além disso, 11,4% dos entrevistados disseram que não se enquadravam em nenhuma dessas opções e apenas 0,2% responderam que não sabiam. Os resultados mostram que o sentimento antipetista explorado pela direita desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e usado para eleger Jair Bolsonaro (PL), hoje, é menor do que os que rejeitam o movimento partidário defendido pelo ex-capitão.

O levantamento tem margem de erro de 2 pontos percentuais, com 95% de confiabilidade. A pesquisa ouviu a opinião de 2.122 pessoas, entre os dias 04 e 07 de março, em todos os cantos do Brasil.

A pesquisa mostrou ainda que a polarização política é avaliada como o principal ponto de conflito no País. Ao menos 53% dos brasileiros classificaram como “muito forte” a polarização entre pessoas que apoiam partidos diferentes.  Na sequência foram elencados como muito conflituosas as relações entre pessoas que praticam religiões diferentes, apontado por 42% dos entrevistados, a diferença entre pessoas de classes econômicas distintas (39%), seguido por diferenças raciais (30%) e entre pessoas de áreas urbanas e os que vivem no campo (35%).

Para os entrevistados, o índice da polarização social atingiu 67%, marca classificada como alerta pela pesquisa. Entre os que mais sentem a polarização política estão as pessoas mais jovens, entre 16 e 34 anos. Nesse grupo, ao menos 68,6% dos entrevistados apontaram como “muito forte” o conflito entre pessoas que apoiam partidos diferentes.

A situação de divisão política do País também é mais sentida entre aqueles que possuem o ensino médio (60,4%). Entrevistados que se identificam como LGBTQ+ também apontaram a polarização política como um conflito “muito forte” da sociedade brasileira. Os beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, também citaram o mesmo cenário.

Para 70,1% dos entrevistados beneficiários, as diferenças políticas apresentam conflitos “muito forte”. Para o grupo, a diferença econômica entre as pessoas também é um ponto de forte conflito, elencada por 64,7% dos entrevistados. O conflito étnico é mais sentido também entre a população LGBTQ+ (52,4%), e entre os beneficiários do Bolsa Família (67,6%).

 

“Você se identifica como petista ou bolsonarista?”

– Bolsonarista (32%);

– Petista (31,2%);

– Antibolsonarista (16,5%);

– Antipetista (8,6%);

– Nenhuma das opções (11,4%);

– Não souberam responder (0,2%).

 

(Foto: Ricardo Stuckert/PT; Alan Santos/PR)

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