Apesar do cenário favorável para o mercado financeiro, com alta da Bolsa e nova mínima para o dólar, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, manteve, nesta quarta-feira (21), por unanimidade, a taxa básica da economia (Selic) em 13,75% ao ano pela sétima reunião consecutiva.
A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) recuperou o patamar de 120 mil pontos e fechou o dia com alta de 0,67%, a 120.420 pontos. O dólar comercial registrou queda de 0,59% e encerrou o pregão desta quarta cotado a R$ 4,768 para a venda, renovando a mínima de um ano.
No comunicado da decisão, o Copom não sinalizou quando pode começar a reduzir os juros, mas retirou o trecho em que afirmava que não hesitará em elevar os juros se for necessário, o que era esperado pelos analistas.
No entanto, destacou, logo no início do documento que “apesar da atenuação do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa, a situação segue demandando monitoramento” e voltou a afirmar que o processo de desaceleração da inflação é lento e, portanto, é preciso paciência para o início do ciclo de queda dos juros
“Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, inclusive com a retomada de ciclos de elevação de juros em algumas economias, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente”, escreveu o órgão.
“A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação desancoradas, segue demandando cautela e parcimônia”, destacou o Copom.
De acordo com a nota, o órgão “conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas e avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”. “O Comitê reforça que irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, completou.