Paulo Rocha assume a Sudam falando em ‘mudar a Amazônia de baixo para cima’

O ex-senador Paulo Rocha (PT) tomou posse como novo superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

A cerimônia de posse contou com a presença de mais de mil pessoas na tarde desta segunda-feira (5), considerando a capacidade de mil pessoas  do auditório Benedito Nunes, na Universidade Federal do Pará (UFPA), que se encontrava com todas as poltronas ocupadas.

Muito feliz, Paulo não escondeu este sentimento.

 

Iniciou o discurso expressando sua felicidade:

 

– “Pensa num cara que tá alegre, satisfeito e orgulhoso”, disse.

 

O novo superintendente abriu seu discurso em tom bem humorado, mas logo depois falou sobre a complexidade de liderar uma instituição que tem como missão promover o desenvolvimento da região amazônica.

“A Sudam foi esvaziada, para não dizer sucateada, nos últimos cinco anos. Alteraram seu orçamento, seu pessoal foi reduzido para menos da metade. Precisamos modificar para melhorar. E foi por isso que quando o presidente Lula me deu a missão, eu disse que sim, mas só se eu tivesse a força política para fazer as mudanças necessárias. Ele aceitou e eu também”, disse.

Ao longo de seus discursos, Paulo Rocha e Waldez Góes, ministro da Integração Regional, que deu posse ao ex-senador,  usaram a frase “A Amazônia precisa de uma mudança que comece de baixo para cima”.

Em sua explicação, Rocha afirmou que a prioridade será garantir a participação nas decisões de recursos, de pessoas que não eram ouvidas antigamente, de acordo com o novo superintendente.

Para isso, Paulo Rocha anunciou, como sua primeira medida, a criação de uma chamada pública para a consolidação do chamado Plano Regional de Desenvolvimento da Amazônia (PRDA), conjuntos de projetos a serem implementados nos nove estados da Amazônia Legal no período de 2024 a 2027.

A consulta pode ser acessada por qualquer pessoa através de um formulário disponível no site do Diário Oficial da União.

“Nós queremos trazer as pessoas que realmente fazem a economia da Amazônia, e são muitos, setor público, privado, terceiro setor, pesquisadores. Essas pessoas precisam se sentir protagonistas do processo. Para isso vamos montar um grupo de especialistas em diversas áreas amazônicas, para o mapeamento de iniciativas sustentáveis, das empresas, sindicatos e cooperativas, do setor da agricultura familiar, tão importante, entre outras áreas“, disse.

Na ocasião, o novo superintendente também falou da necessidade de estimular um desenvolvimento econômico conciliado com o respeito ambiental e o progresso humano na Amazônia brasileira. “É preciso que nós, da Amazônia, falemos sobre nossas necessidades, nossas riquezas, que possamos decidir sobre o que nos levará ao desenvolvimento ou não”, disse Paulo Rocha.

Durante sua apresentação, o ex-senador não se arriscou a falar sobre valores de futuros recursos ou investimentos. O foco, no momento, é o resultado da consulta pública para a criação do PRDA. “Foi muito tempo esvaziada, precisamos agora fazer esse levantamento, juntar esforços e depois conseguir mapear todo mundo que esteja apto a ajudar no desenvolvimento econômico e ambiental da Amazônia. Números agora são precipitados, mas o trabalho já começou”, finalizou.

Estiveram presentes, além de partidários, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional do Brasil, Waldez Góes, prefeitos de diversos municípios paraenses, secretários, líderes de instituições e representantes de diversas organizações. Entre os titulares dos governos dos sete estados da região Norte, apenas Clécio Luís (Solidariedade) esteve presente. O Governo do Pará foi representado pela vice-governadora, Hanna Ghassan, pois Helder Barbalho (MDB) esteve presente em evento em Brasília, a convite do presidente Lula (PT). (Fotos: Opinião em Pauta)

 

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