Parlamentares recolhem assinaturas para criar CPI das Joias

Deputado Rogério Correia (PT-MG), autor do pedido, mostra assinatura nesta sexta-feira de 108 das 171 necessárias para levar protocolar o pedido

 

A Câmara dos Deputados está prestes a abrir mais uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que envolve a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Desta vez, o pedido apresentado pelos parlamentares e está em fase de coleta de assinaturas é para investigar um suposto esquema de venda de presentes dados ao Estado brasileiro durante missões oficiais no exterior e o caso de joias trazidas ilegalmente para o Brasil no último governo. O deputado Rogério Correia (PT-MG), autor do requerimento, disse na tarde desta sexta-feira (11) que já tinha conseguido reunir 108 de assinaturas. São necessárias 171 para que o pedido possa ser protocolado.

A partir desse ponto, a instalação ou não da comissão depende de decisão da Mesa Diretora. Não é possível abrir mais do que cinco comissões ao mesmo tempo na Câmara e, atualmente, já há outras quatro em funcionamento: MST, apostas esportivas, Criptomoedas e Americanas. “Há fortes indícios da criação de uma rede de contrabando no último governo. Temos de ir a fundo nesse caso e investigar os crimes que envolvem essa possível rede criminosa em paralelo com as ações da PF. Nossa articulação agora será pela criação urgente da CPI, que se faz mais do que necessária”, afirmou o deputado Túlio Gadelha (Rede-PE) que também assina o pedido ao lado de Correia.

A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira uma operação que investiga um suposto esquema de venda de presentes dados ao Estado brasileiro durante missões oficiais no exterior. Entre os alvos da ação estão o pai do tenente-coronel Mauro Cid, general Mauro César Lourena Cid; o ex-ajudante de ordens Osmar Crivelatti e o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef. As ações foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito das milícias digitais. Segundo a corporação, os alvos são investigados pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

(Foto: Reprodução)

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