Apesar de o ex-presidente ter colocado mais aliados do que o presidente Lula nas prefeituras, Padilha destacou o crescimento de partidos da base aliada, de centro-direita.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, minimizou nesta segunda-feira (7) os resultados do primeiro turno das eleições que indicam uma vantagem de partidos da direita, liderados ou que sinalizam relação com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), frente às siglas de esquerda, apoiadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Padilha reconheceu o avanço de partidos de centro-direita nos municípios, e avaliou que a tendência ocorre desde as eleições passadas, em 2020. Segundo ele, os partidos que compõem a base aliada do governo Lula cresceram, e partidos de esquerda, como o PT e o PSB, também avançaram em relação a 2020. O PT, por exemplo, aumentou em 40% o número de prefeituras.
“O governo do presidente Lula lidera uma frente ampla com líderes que derrotaram o bolsonarismo. Sabemos da força da extrema direita no país, ninguém nega essa força, ninguém nega a capilaridade nacional dessa força. Agora, acreditamos que, no segundo turno, essas lideranças que compõem a frente ampla do presidente Lula têm todas as condições de derrotar, inclusive, essas lideranças de extrema-direita”, respondeu Padilha em coletiva de imprensa.
O ministro minimizou as vitórias obtidas por aliados de Bolsonaro nas capitais. Enquanto o apoio de Lula emplacou dois candidatos ainda no primeiro turno, Eduardo Paes (PSD) no Rio de Janeiro e João Campos (PSB) em Recife, Bolsonaro elegeu sete aliados: Arthur Henrique (MDB), Boa Vista; Tião Bocalom (PL), Rio Branco; Dr. Furlan (MDB), Macapá; Topázio Neto (PSD), Florianópolis; Arthur Henrique (MDB), Boa Vista; João Henrique Caldas (PL), Maceió e Bruno Reis (União Brasil), Salvador. Lula levou ainda cinco candidatos ao segundo turno, e Bolsonaro, 14.
“Lideranças que compõem essa frente ampla do governo, que apoiam o presidente Lula, derrotaram os ícones da extrema direita no ninho do bolsonarismo, na cidade do Rio de Janeiro”, respondeu Padilha. Ele também não reconheceu os dados apresentados pela imprensa sobre as vitórias de aliados de Lula e Bolsonaro nas capitais.
Padilha frisou, porém, que partidos da base aliada do governo federal conquistaram mais espaço nas prefeituras. A maior parte dessas legendas é de centro-direita. “É bom o governo que tem vários partidos que apoiam. É bom a capacidade. Às vezes tentam diminuir o tamanho do governo. O governo do presidente Lula constitui uma frente ampla. Os países que apoiaram o governo no primeiro turno (de 2022), no segundo turno e depois do 8 de janeiro”, disse ainda Padilha.
“Lideranças que compõem essa frente ampla do governo, que apoiam o presidente Lula, derrotaram os ícones da extrema direita no ninho do bolsonarismo, na cidade do Rio de Janeiro”, respondeu Padilha ao ser questionado sobre o resultado das eleições municipais de ontem (6).
“Bolsonaro foi derrotado no seu condomínio, na sua casa, na cidade do Rio de Janeiro, por uma liderança que compõe essa frente ampla e que fez questão, no anúncio de sua vitória, de agradecer ao presidente Lula, reforçar a parceria. Como a vitória de João Campos contra o sanfoneiro do Bolsonaro (em Recife)”, acrescentou ainda.
(Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)