Ministro tentou despistar sobre trocas, mas admite haver conversas e vê como “muito positivo” a unidade pelo nome do deputado paraense. Segundo ele, troca será efetivada assim que Lula voltar da Europa.
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, tentou despistar sobre trocas no Ministério do Turismo, mas confirmou que as conversas serão retomadas após a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Brasil. Segundo o ministro, ainda “não há nomes e nem data” para a troca, mas há conversas para que o deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA) assuma a pasta. Ele classificou como algo “bastante positivo” a unidade da sigla em torno do nome do parlamentar paraense para assumir a pasta.
“Não tem data para isso, nem nome definido (…) Eu já ouvi em reuniões com a bancada, em conversas uma unidade em torno do nome do Celso Sabino. O que é muito positivo ver um partido como o União Brasil chegar a um nome de consenso. Vejo como algo bastante positivo”, afirmou em entrevista à Band News. “Mas as tratativas disso, as definições de nome, de quais ministérios querem a reformulação certamente vamos ter nos retornos das viagens internacionais no próximo período”, completou.
Padilha já afirmou que as possíveis mudanças no comando de ministérios estão “na pauta do governo” e que é algo “natural” o desejo do União de rever suas indicações. O União quer colocar o deputado Celso Sabino como ministro do Turismo e pleiteia, ainda, outros órgãos ligados a ministério, como a Embratur, atualmente comandada pelo ex-deputado Marcelo Freixo (PT-RJ), para ampliar o apoio ao Planalto no Congresso Nacional.
A saída de Daniela Carneiro do comando da pasta é a única dada como certa até o momento. O grupo político de Daniela entrou em litígio com o União. Após divergências com o presidente nacional do União, Luciano Bivar (PE), Waguinho trocou o partido pelo Republicanos. A ministra entro com pedido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para também deixar o partido.
Lula e Sabino, inclusive, já se reuniram no último fim de semana, em evento na capital paraense, para selar o acordo. Na semana passada, a ministra também se reuniu com o presidente Lula, mas ganhou sobrevida no governo após o partido não ter garantido fidelidade apenas com essa troca sendo concretizada. Lula tem se empenhado para que a saída da aliada ocorra da forma menos traumática possível. Ao mesmo tempo, o marido de Daniela, Waguinho, prefeito de Belford Roxo (RJ), tenta obter contrapartidas do governo com nomeações de cargos no Rio e liberações de recursos. (Foto: Reprodução/Montagem)