Padilha diz que marco legal da Inteligência Artificial deve ser votado ‘o mais rápido possível’

Ministro participou de evento sobre o tema junto com o relator do projeto no Senado, Eduardo Gomes (PL-TO). O projeto foi construído em 2022 por um grupo de especialistas comandado pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Villas Bôas Cueva e apresentado oficialmente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

 

O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse na noite de segunda-feira (8) que o projeto que regulamenta o uso da inteligência artificial (IA) precisa ser votado de forma célere no Congresso. “Acho que é um ambiente muito positivo para que possamos votar o mais rápido possível essa regulação da inteligência artificial no país, que vai criar uma segurança jurídica para quem quer investir”, declarou o ministro a jornalistas.

“Nós queremos, cada vez mais, investidores privados, parcerias privadas e públicas, atrair investimento internacional para essa área da inteligência artificial no país, mas garantir direitos aos vários setores que podem ser atingidos por isso”, acrescentou.

O projeto foi construído em 2022 por um grupo de especialistas comandado pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Villas Bôas Cueva e apresentado oficialmente pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A expectativa é votar o texto na comissão especial até o final do mês. Em meio aos ataques do bilionário Elon Musk, dono da plataforma X (antigo Twitter), ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, Pacheco cobrou a regulação das redes sociais e colocou o marco da inteligência artificial como forma de enfrentar o problema.

“Considero um avanço muito importante, igualmente [à regulação das redes] se ter lei sobre o uso de inteligência artificial. Que se imponham conceitos como transparência, responsabilidade, ética, para que isso não contamine a vida em sociedade”, disse. “É o que o Senado pode fazer e a Câmara igualmente, o Congresso Nacional. É entregar para a sociedade leis que possam reger essas questões. Para evitar que caiba ao Poder Judiciário fazê-lo diante de acontecimentos que encerram ilegalidades.”

Padilha e Pacheco almoçaram juntos na residência oficial do Senado nesta segunda junto com o ministro Fernando Haddad (Fazenda) e os senadores Jaques Wagner (PT-BA), líder do governo no Senado, e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso. O texto traz diretrizes gerais para o desenvolvimento, implementação e uso responsável da IA a fim de “proteger direitos fundamentais” e garantir “sistemas seguros e confiáveis”. Um dos eixos é a criação ou definição de um órgão da administração pública para unificar e fiscalizar o cumprimento das regras.

O PL também prevê a responsabilidade civil do fornecedor ou operador do sistema de inteligência artificial em caso de dano patrimonial, moral, individual ou coletivo. Além de prestarem contas, desenvolvedores e empresas deverão reparar eventuais danos gerados.

(Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

Compartilhe

Outras matérias

Relacionados

plugins premium WordPress