Padilha: -“Abin paralela reforça que derrota de Bolsonaro salvou a democracia no Brasil”

A quebra de sigilo sobre o funcionamento da “Abin paralela” na última quinta-feira (11), investigada pela operação Última Milha, da Polícia Federal (PF), desencadeou críticas, menção de repúdio e anúncios de acionamento da Justiça.

O governo de Jair Bolsonaro é acusado de espionar desafetos e ex-aliados políticos, através da atuação de servidores que trabalhavam na Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Cinco investigados foram presos na quinta-feira, apontados como operadores das irregularidades durante a gestão Bolsonaro.

Nesta sexta-feira (12), foi realizada uma audiência de custódia com os acusados e o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão de Mateus de Carvalho Sposito, ex-funcionário da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, o empresário Richards Dyer Pozzer, o influenciador digital Rogério Beraldo de Almeida, Marcelo Araújo Bormevet, policial federal, e Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

Para o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), o caso reforça a tese de que a derrota de Jair Bolsonaro nas últimas eleições presidenciais “preservou a democracia no Brasil”.

De acordo com a revista Fórum, a declaração foi dada nesta sexta-feira  (12), durante um evento na Fundação Fernando Henrique Cardoso em São Paulo (SP), em que o representante do governo lembrou a formação de uma frente ampla formada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022.

“Eu não tenho dúvida nenhuma, cada vez mais as evidências reforçam isso, que a frente ampla liderada pelo presidente Lula, pelo vice-presidente Alckmin, que no segundo turno teve o apoio de várias forças democráticas, inclusive do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, salvou a democracia no nosso país. A cada semana a gente tem mais evidências do que significou. Nessa semana, as revelações, as evidências cada vez maiores do uso do aparato do Estado, da Abin, para espionar, perseguir, adversários políticos, jornalistas, advogados, e até aliados políticos, só reforçam isso”, declarou.

Na palavras de Padilha, uma “organização criminosa” atuava no “terceiro andar do Palácio do Planalto”. A referência foi feita ao lembrar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que se debruçou sobre os atos golpistas do 8 de janeiro. (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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