“Os 3 Mosqueteiros”: cearenses no comando do MEC tentarão transformar educação de base do país

O futuro governo Lula terá três cearenses no comando dos postos chaves do MEC.

O  escolhido ministro da Educação,  Camilo Santana (PT), ex-governador do Ceará,  anunciou nesta terça-feira (27) o nome da governadora do seu Estado, Izolda Cela (sem partido), para assumir a secretária-executiva da pasta.

Além disso, o futuro titular do MEC oficializou ainda que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) sairá das mãos do Centrão e passará a ser gerido pela atual secretária da Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba.

“Informo que a atual governadora do Ceará, Izolda Cela, será secretária-executiva do Ministério da Educação (MEC) em nossa gestão. Trabalharemos juntos para recuperarmos o tempo perdido, sobretudo na educação básica.”

Sobre a escolha de Fernanda Pacobahyba, para gerir o FNDE, Camilo expressou as qualidades da escolhida.

“Vou trazer uma pessoa da minha confiança, que é especialista na área, servidora pública de carreira, que cumprirá essa missão para reorganizar o FNDE”, disse.

Camilo revelou ainda que em breve deve anunciar a equipe que cuidará do Inep e outros órgãos ligados ao MEC.

 

O potencial político do FNDE

Desde quando o Centrão  formou espécie de “sociedade” com  Jair Bolsonaro nas ações de governo do país, o dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tornou-se um feudo do  Progressistas, partido que passou a priorizar redutos de duas lideranças do partido, o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), e o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PI).

Hoje, as lideranças do Centrão dominam o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

A engrenagem do maior fundo controlado pelo MEC é movida por Marcelo Ponte, que era chefe de gabinete de Ciro no Senado antes de assumir o cargo de presidente do órgão.

No manejo do dinheiro da Educação, Lira e Nogueira têm passado por cima de acordos com parlamentares do bloco sobre a divisão de recursos do orçamento secreto que turbinou as verbas do fundo

Em dezembro de 2021, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) desbloqueou o uso do orçamento secreto, Alagoas, reduto do presidente da Câmara, e Piauí, do chefe da Casa Civil, ocuparam a primeira e a quarta posições, respectivamente, na distribuição desse tipo de verba gerido pelo FNDE.

São Paulo e Paraná ficaram em segundo e terceiro lugares, sendo que os municípios paulistas têm 11,9 milhões de estudantes na rede pública e os paranaenses, 1,5 milhão.

Em Alagoas são apenas 485 mil e no Piauí, 506 mil. (Na fotomontagem, Camilo, Izolda e Pacobahyba)

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