ONU cobra punição para quem ordenou, financiou ou facilitou os atos golpistas de 8/1

Porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pede que autoridades brasileiras puna os envolvidos no 8 de janeiro para que a sociedade conheça a verdade

 

A Organização das Nações Unidas (ONU) cobra punição aos autores, financiadores e quem ordenou os ataques de 8 de Janeiro de 2023 às instituições democráticas no país. A entidade pede que as autoridades brasileiras garantam que os participantes do ato sejam investigados e julgados. A informação foi noticiada pelo Uol na segunda-feira (8), dia do evento Democracia Inabalada, organizado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em memória do primeiro ano dos ataques golpistas em Brasília.

Na ocasião, o presidente Lula chegou a dizer que: “Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu País e contra o seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade”. E esta ideia, contrária à impunidade, foi reforçada pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos. Na mensagem enviada pela porta-voz da entidade, Liz Throssell, foi colocado que é preciso punir “quem ordenou, financiou ou facilitou” o 8 de janeiro.

“Os ataques do ano passado, resultado de desinformação sobre as eleições democráticas e incitamento à violência por líderes políticos, sociais e econômicos, foram uma ameaça extremamente séria à democracia. As pessoas no Brasil precisam saber toda a verdade e não deve haver impunidade, nem para os que praticaram os ataques, nem para quem ordenou, financiou ou os facilitou”, traz a mensagem de Throssell.

Por fim ainda foi colocado que as investigações devem ser céleres e imparciais, com respeito aos Direitos Humanos – situação que o STF vem conduzindo com rigor ao propor, inclusive, Acordos de Não Persecução Penal (ANPP) em 1.113 ações. “Apelamos às autoridades para conduzirem investigações imparciais, eficazes e transparentes em tempo hábil para levar os responsáveis a responderem, em conformidade com os padrões dos Direitos Humanos Internacionais”, completou o recado da porta-voz.

(Foto: Luís Nova)

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