Oito bilhões de humanos numa Terra desequilibrada socialmente. Qual nosso destino?

O planeta Terra soma no início desta semana população de 8 bilhões.

Os dados foram anunciados pelas Nações Unidas.

Nas palavras do dirigente máximo da ONU, António Guterres, alcançar este marco só foi possível considerando melhorias em nutrição, saúde pública e saneamento, bem como avanços científicos

São dados a serem comemorados?

Há controvérsias.

Desses oito bilhões de pessoas, há bilhões e bilhões passando fome, outras perambulando  em busca de um lugar para morar, pedindo auxílio.

Ao epicentro, pode-se registrar milhões de famílias fugindo de guerras e de desastres climáticos.

Há uma distância desastrosa entre os que têm e os que não têm.

A própria ONU, não obstante seus esforços, ainda não conseguiu visualizar o caminho para que seus países irmãos concentrem recursos para evitar a catástrofe que se anuncia num lugar hiper populoso.

Não só isso.

O que fazer diante da previsão de que daqui a duas décadas a Terra estará com seu espaço ocupado por nove bilhões de pessoas?

O cálculo é feito nos dados de crescimento da população nos últimos 12 anos, que saiu de sete para oito bilhões.

Caso as lideranças mundiais não  atentem para esse crescimento vertiginoso, seremos um planeta carregado de tensões incontroláveis.

Alguns estudiosos indicam que uma das principais medidas a serem tomadas é criar políticas públicas para a desaceleração do crescimento, conscientizar as famílias da necessidade de terem menos filhos.

A ONU pontuou que as regiões crescem em ritmos diferentes e isso faz com que mude a distribuição geográfica da população global.

A partir deste ano, mais da metade da população mundial viverá na Ásia, com a Índia e a China representando a maior parte dos habitantes no leste e sudeste da Ásia, onde se concentram 2,3 bilhões de pessoas.

Como os países com os mais altos níveis de fecundidade tendem a ter a menor renda per capita, o crescimento da população global se concentrou nos países mais pobres do mundo.

O aumento populacional amplia o impacto ambiental do desenvolvimento econômico, com o aumento da renda per capita impulsionando a produção e o consumo insustentáveis.

O ritmo de crescimento mais lento ao longo de décadas pode ajudar a mitigar os danos ambientais na segunda metade do século atual.

Diante dessa explosão demográfica, a situação que se coloca é assimilar os riscos do crescimento para a própria sobrevivência da Terra ou teremos à vista o caminho único de pensarmos as futuras gerações procriando em planetas distantes.

Não é por outra razão, os pesados investimentos em viagens interplanetárias realizadas pelo ser humano buscando descobrir o lugar mais apropriado para a nossa sobrevivência. (Hiroshi Bogéa – BrazilPlural)

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