Novo local de instalação de usina no Ceará não põe internet do país em risco

Fortaleza – A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) afirmou, nesta segunda-feira (17), que o novo local da instalação de usina de remoção de sal da água do mar no Ceará não põe mais internet do país em risco. O Governo do Ceará pretende instalar uma usina de dessalinização na Praia do Futuro, em Fortaleza. O local escolhido para receber a estrutura era próximo a cabos que conectam a internet de todo o Brasil e parte da América Latina.

Diante da pressão de empresas de telecomunicação, o governo cedeu e mudou de local.

“Não apresenta riscos às infraestruturas de telecomunicações, especificamente aos cabos submarinos ancorados na Praia do Futuro. A nova localização permitirá a construção da Usina de Dessalinização, um projeto crucial para atender às necessidades da população do estado”, diz a agência.

“Encontramos um acordo que concilia nós termos a construção da usina de dessalinização na Praia do Futuro, ao mesmo tempo, com o financiamento, investimento no Ceará das empresas que têm cabos de fibra ótica, inclusive, construindo um parque tecnológico, que nós vamos buscar ter uma parceria com empresas da área de tecnologia”, declarou o governador do Ceará.

 

Novo projeto de instalação

 

Após reclamações das empresas de telecomunicação, o equipamento foi mudado de local para ficar mais distante dos cabos subterrâneos de internet que passam pelo local.

A usina vai continuar localizada na Praia do Futuro, mas será instalada a mais de 1.000 metros do local que estava previsto, o que, conforme os responsáveis pelo projeto, vai afastar qualquer risco de interferência da usina nos cabos subterrâneos de internet. A estrutura de captação das águas do mar também vai ser deslocada com a usina.

A localização da usina era motivo de oposição das empresas de telecomunicações ao projeto, que dizem que as estruturas da usina podem afetar os cabos e interromper o funcionamento da internet no Brasil.

A construção da usina de dessalinização é defendida pelo Governo do Ceará como um dos mecanismos de combate à seca. Uma vez pronta, a usina iria converter a água salgada do mar em água potável, ajudando no abastecimento da população. (Foto: Reprodução)

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