O presidente Lula (PT) e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), expressaram suas opiniões divergentes sobre a extensão da equipe de governo durante um evento realizado hoje no estado.
Durante sua declaração, Zema fez uma crítica ao grande número de secretários. “Mesmo sendo o segundo estado mais populoso do Brasil, temos apenas 14 secretarias, que é a menor quantidade. No entanto, para um time vencer um campeonato, não é necessário ter 20 ou 30 jogadores”, afirmou o governador enquanto visitava uma fábrica de automóveis em Betim, na área metropolitana de Belo Horizonte.
Atualmente, Lula conta com 38 ministros, quase três vezes mais do que Zema. Essa quantidade é alvo de críticas por parte da oposição, especialmente do partido Novo, que advoga pela redução do tamanho do setor público.
Assim que assumiu o microfone, o presidente respondeu: “Não se trata de debater quantas pessoas você possui, mas sim a qualidade delas e os compromissos que cada um tem“, declarou Lula.
“Não busco apenas alguém com diploma em filosofia, engenharia ou qualquer outra área“, ele prosseguiu. “Embora a formação seja relevante, o que realmente desejo são pessoas que possuam sensibilidade para compreender as questões enfrentadas pela sociedade brasileira.”
Este é o primeiro encontro dos dois em um evento após a controvérsia relacionada à dívida dos estados. Em suas visitas anteriores a Minas Gerais, Zema havia enviado seu vice-governador, Mateus Simões (Novo). Durante a cerimônia de abertura do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Híbrida Flex e do anúncio de novas contratações da Stellantis, ambos dividiram o palco em Betim (MG).
Lula também alfinetou o governador a respeito da economia. “Foi necessária a minha volta à Presidência para que a economia começasse a se recuperar. Quanto tempo faz que ela não crescia? O Zema não se recorda de quanto tempo a economia não atinge 3%. Nem ele, nem os economistas”, provocou o petista. No fundo, o governador apareceu sentado, balançando a cabeça em sinal de negativa. (Foto: Reprodução)