Por Henrique Acker – Uma embarcação da Flotilha da Liberdade, coalizão internacional de solidariedade a Gaza, com 30 pessoas e diversos gêneros de primeira necessidade, foi atingida por um ataque de drones próximo a Malta, em águas internacionais, no Mar Mediterrâneo.
O ataque, na madrugada de sexta-feira (2 de maio), provocou “uma ruptura substancial no casco”, de acordo com comunicado do movimento, o que deve impedir o prosseguimento da viagem até o território palestino.
O governo maltês disse que as autoridades marítimas do país receberam um pedido de socorro pouco depois da meia-noite, horário local, de uma embarcação fora das águas territoriais. Um rebocador se dirigiu ao local e iniciou o combate ao incêndio, e um navio de patrulha maltês foi acionado.
Após várias horas, o navio Conscience e sua tripulação estavam seguros, mas a tripulação decidiu permanecer na embarcação, de acordo com a fonte do governo de Malta.
Greta Thunberg denuncia Israel
A ativista sueca Greta Thunberg estava em Malta e deveria embarcar no navio, como parte da ação planejada pela Flotilha da Liberdade em solidariedade a população de Gaza.
“Eu fazia parte do grupo que deveria embarcar naquele barco hoje para continuar a viagem em direção a Gaza, o que é uma das muitas tentativas de abrir um corredor humanitário e fazer a nossa parte para continuar tentando quebrar o cerco ilegal de Israel a Gaza”, disse Greta à Agência de Notícias Reuters.
“Este ataque causou uma explosão e grandes danos à embarcação, o que tornou impossível continuar a missão”, disse ela em uma entrevista pelo Zoom.
“Os embaixadores israelenses devem ser convocados e responder pelas violações do direito internacional, incluindo o bloqueio em curso (de Gaza) e o bombardeio de nossa embarcação civil em águas internacionais”, concluiu.

Solidariedade a Gaza
Até o fechamento desta matéria o governo de Israel não havia emitido qualquer comunicado a respeito do acontecido e nem respondeu aos pedidos de contato com a imprensa.
A Coalizão da Flotilha da Liberdade foi criada em 2010 e realiza seu trabalho de acordo com os objetivos e planos decididos em comum acordo com a população de Gaza. O grupo organiza missões de ação direta visando apoiar a dignidade e a humanidade dos palestinos, trabalhando com parceiros da sociedade civil palestina e de todo o mundo.
De acordo com a definição do próprio grupo, as ações da Flotilha da Liberdade contra o bloqueio a Gaza “são sempre regidas pelos princípios da não violência e da resistência não violenta.”
O movimento vive de doações e pede a solidariedade ao povo palestino em seu portal de informações. Quem quiser doar pode buscar mais informações NESTE LINK.
Por Henrique Acker (correspondente internacional)
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Fontes: