O presidente brasileiro pediu atuação conjunta dos países para a defesa da democracia, contra a mudança climática e para a integração econômica e comercial.
“Quanto mais fortes e unidas estiverem nossas economias, mais protegidos estaremos contra ações unilaterais”, afirmou Lula.
Ao pedir que os países aumentem o intercâmbio de bens e serviços, o petista afirmou que o volume do comércio do Brasil com a Celac é maior do que o país tem com os EUA e próximo ao estabelecido com a União Europeia.
Lula também sugeriu que o bloco debata a regra do consenso, que segundo ele, “gera mais parálise do que unidade, se convertendo em um verdadeiro direito ao veto”. “A expectativa de uniformidade é irrealista”, expressou aos demais presidentes, pedindo a criação de um grupo de trabalho para analisar uma mudança na regra da Celac.
Além da questão de tarifas dos EUA, a questão da deportação de latino-americanos pelos EUA foi fortemente questionada pelos presidentes na cúpula.
Gustavo Petro, da Colômbia, disse que aceitar a deportação de migrantes acorrentados seria voltar à época dos navios negreiros.
Já a presidente do México, Claudia Sheinbaum, disse não aceitar a criminalização de latino-americanos que vão ao norte global em busca de melhores condições de vida.
Miguel Díaz-Canel, presidente do México, afirmou que os Estados Unidos estão promovendo uma “agenda agressiva” marcada pelo unilateralismo em temas de migração, comerciais e outros, e chantageando outros países.
Tanto Petro como Díaz-Canel questionaram a prisão de migrantes que estavam nos EUA em prisões de alta segurança da América Central e do Caribe. (Ricardo Stuckert / PR)