Munição usada em assassinato de delator do PCC era da PM

Uma parte das balas empregadas no homicídio de Antônio Vinícius Gritzbach, de 38 anos, que era informante do PCC (Primeiro Comando da Capital), e que foi alvejado por disparos de fuzil no aeroporto internacional de Guarulhos no dia 8 de novembro do ano anterior, provenha de um estoque comprado pela Polícia Militar de São Paulo.

Os dados estão presentes em um relatório da Polícia Científica. A notícia foi inicialmente revelada pelo jornal SBT Brasil e posteriormente validada pelo UOL na noite de ontem (28), através de uma fonte da equipe especial estabelecida pela SSP (Secretaria Estadual da Segurança Pública) para apurar o assassinato.

Especialistas efetuaram uma avaliação balística. Após examinar os projéteis coletados, foram capazes de identificar o número da munição e verificaram que o material havia sido comprado pela Polícia Militar da CBC (Companhia Brasileira de Cartuchos).

Até o momento, três membros da polícia militar foram detidos sob a suspeita de envolvimento no homicídio de Gritzbach.

Conforme informações da Polícia Civil e da Corregedoria da Polícia Militar, um dos disparadores é o cabo Dênis Antônio Martins, de 40 anos, pertencente ao 33º Batalhão, localizado em Carapicuíba.

O policial Ruan Silva Rodrigues, de 32 anos, pertencente ao 20º Batalhão (Barueri), foi identificado pela equipe de investigação como o segundo atirador. Ele tem amizade com o cabo Dênis. O terceiro integrante da corporação detido é o tenente Fernando Genauro da Silva, de 33 anos, do 23º Batalhão (Pinheiros).

O tenente foi denunciado por supostamente ter ajudado o cabo e o soldado a escaparem. Os três afirmam não ter qualquer participação no delito. A prisão deles foi ordenada e atualmente estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes, localizado na Zona Norte de São Paulo.

As apurações indicam que Genauro e Dênis colaboraram na Força Tática do 42º Batalhão, localizado em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, e operaram na mesma viatura em 16 de novembro de 2013. O tenente tinha amizade com Gritzbach e costumava visitar sua residência. (Foto: Reprodução)

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