Inaugurada em 1960 e reconhecida como Patrimônio Mundial da Unesco em 1987, a Praça dos Três Poderes, em Brasília, passará por reforma. Um edital para escolha do projeto de restauro do local foi lançado nesta semana pelo Ministério da Cultura e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).
A proposta deverá incluir a recuperação de estruturas comprometidas; piso novo de pedras portuguesas; iluminação; acessibilidade para pessoas com deficiência e baixa mobilidade; drenagem para evitar poças d’água e infiltrações; instalação de câmeras de segurança e substituição de placas de sinalização.
O trabalho inclui ainda o restauro das seguintes obras de arte, monumentos e espaços culturais:
A Justiça;
Dois Candangos;
Espaço Lúcio Costa;
Busto de Israel Pinheiro;
Busto de JK;
Busto de Tiradentes;
Marco Brasília;
Museu da Cidade;
Pombal.
Nesta primeira fase, o projeto deve custar R$ 993 mil e será financiado com recursos do Novo PAC, o programa de investimentos do governo federal. O valor para a realização da obra em si ainda será estipulado, a depender do projeto vencedor.
O governo estima que o vencedor do primeiro certame seja conhecido até fevereiro de 2025. Após esta etapa, o governo do Distrito Federal, gestor do espaço público, poderá fazer a licitação para contratar a construtora.
Não há ainda previsão de entrega da restauração completa, porque dependerá do cumprimento das etapas do projeto. Segundo o Iphan, também não está definido se a Praça dos Três Poderes será totalmente fechada ao público no decorrer das obras.
A praça
Projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a praça abriga as sedes dos Três Poderes da República: o Palácio do Planalto (Poder Executivo); o palácio do STF (Supremo Tribunal Federal) (Corte máxima do Judiciário); e o Congresso Nacional (Legislativo).
Com o piso de pedras portuguesas, a praça reúne as esculturas “Os Candangos”, considerada símbolo de Brasília; “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, de granito, que decora a frente ao STF; a “Pira da Pátria” e o “Marco Brasília”, pelo reconhecimento de Brasília como patrimônio mundial.
Na parte mais próxima ao Congresso Nacional, está o Museu Histórico de Brasília ou Museu da Cidade, com a escultura de pedra-sabão da cabeça de Juscelino Kubitschek. Do outro lado, a leste, fica o Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, um memorial cívico, em formato de pomba branca, destinado a homenagear heróis e heroínas nacionais.
A paisagem mais visível da praça é o Mastro da Bandeira, de 100 metros de altura, onde todo primeiro domingo de cada mês a bandeira é substituída em uma cerimônia.
A poucos metros do Palácio do STF, encontra-se ainda o Pombal, uma escultura em concreto de Niemeyer. No fundo da praça, a Casa de Chá, também projetada por Oscar Niemeyer e tombada pelo Iphan como patrimônio histórico, é, atualmente, usada como Centro de Atendimento ao Turista. (Foto: Adriano Machado/ O antagonista)