Mudança climática: 2024 é o ano mais quente já registrado no Brasil

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Brasil teve em 2024 o seu ano mais quente desde que as medições começaram.

A média anual de temperatura atingiu 25,02°C, o que representa o nível mais alto registrado desde o início da série em 1961.

A variação média da temperatura atingiu 0,79°C comparada à média do período de 1991 a 2020. Informações consolidadas confirmaram as projeções anteriores baseadas em dados provisórios até novembro, que já indicavam que 2024 ultrapassaria 2023 como o ano mais quente registrado no país.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, que supervisona o Inmet, notou-se “uma tendência de crescimento estatisticamente relevante nas temperaturas ao longo dos anos”, ligada tanto ao aquecimento global quanto a mudanças nas condições ambientais locais.

 

Tendência

Era previsível que 2024 figurasse entre os anos de temperaturas extremas, uma circunstância que pode ser atribuída, por exemplo, à conjunção de oceanos e terras em temperatura elevada, devido às alterações climáticas e aos impactos do El Niño”, destacou a declaração oficial.

A variação média de temperatura ficou em 0,79°C, analisando o período entre 1991 e 2020. As informações abrangentes corroboram a tendência previamente indicada com os dados até novembro, sugerindo que 2024 deverá ser mais quente que 2023, estabelecendo um novo recorde no país.

Conforme informado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, entidade à qual o Inmet está ligado, constatou-se um aumento estatisticamente relevante nas temperaturas médias ao longo do tempo, “o que pode estar relacionado às alterações climáticas resultantes do aquecimento global e transformações ambientais regionais.”

Desvio médio de temperatura

A variação da temperatura em relação à média se conecta à linha de referência, composta por pelo menos 30 anos de registros, que serve para identificar desvios. Até então, o maior desvio registrado ocorreu em 2023, atingindo 0,69ºC.

A anomalia é essencial, pois indica o quanto determinado valor supera ou fica abaixo da média, seja em relação à temperatura, precipitação ou umidade. Utilizando uma estação meteorológica tradicional com mais de 30 anos de registros, é possível elaborar essa climatologia com dados de referência”, esclarece a meteorologista Andrea Ramos.

 

Aquecimento global e El Niño

Era previsível que 2024 figurasse entre os anos mais quentes da história, um fenômeno que pode ser atribuído à interação de oceanos e terras mais aquecidos, devido às alterações climáticas e ao impacto do El Niño, entre outros fatores, como os incêndios florestais. (Foto: Reprodução)

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