O Ministério Público do Distrito Federal pediu nesta segunda-feira (10) que Justiça condene dois homens acusados de envolvimento na tentativa de explosão de uma bomba instalado em um caminhão-tanque de combustível, nos arredores do aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado.
Segundo manifestação da promotora de Justiça Vera Gomes, a ação tinha objetivo de “criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”. São réus na Justiça do DF pela tentativa de explosão: George Washington de Oliveira Sousa (foto), Alan Diego dos Santos e Welligton Macedo de Souza.
George e Alan estão presos. No dia 29 de março, o juiz Osvaldo Tovani negou um pedido de revogação da prisão preventiva por entender que ainda há risco para a ordem pública e que “não há fato novo que justifique a revogação do decreto prisional”. Wellington está foragido desde dezembro.
Condenação
O MP pediu a condenação de Alan Diego dos Santos e George Sousa pelo crime de explosão, que e “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de efeitos análogos. A pena é de 3 a 6 anos de prisão e multa.
No entanto, o Ministério Público considera que é preciso aumentar a pena em um terço, já que o crime foi cometido tendo como alvo depósito de combustível.
Como um forte arsenal foi apreendido com George Sousa, o MP também pediu que seja condenado pelo porte ilegal de armas e pela posse de arma de fogo de uso restrito. Ele era CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador). Como Wellington Macedo está foragido, a análise do caso dele está suspensa.
À Justiça, a promotora afirmou que a investigação reuniu elementos que comprovam a autoria dos crimes praticados pelos acusados, como vídeos, laudos periciais e relatórios.
“O plano dos réus era mesmo colocar o artefato perto do aeroporto, plano, aliás, que foi relatado por George Washington em conversa com vizinhos, conforme informação obtida pelos órgãos de inteligência e relatado pelas testemunhas policiais em juízo. O objetivo era criar pânico na população e, com isso, motivar imaginária ação militar no país”, escreveu.