Motorista de Porsche que matou trabalhador por aplicativo é preso após três dias foragido

Tragédia em São Paulo foi no dia 31 de março. Fernando Sastre de Andrade Filho teve prisão preventiva decretada na sexta-feira, no terceiro pedido feito à Justiça de São Paulo

 

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que conduzia a Porsche e provocou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, no dia 31 de março, na Zona Leste de São Paulo, foi preso nesta segunda-feira (6). Fernando Sastre teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na última sexta-feira, após três pedidos oferecidos pela polícia e pelo Ministério Público, e desde então era tido como foragido.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o homem de 24 anos se entregou na 5ª Seccional, Zona Leste de São Paulo. Sastre irá seguir ao Instituto Médico Legal (IML) para fazer o exame do corpo de delito e passar a noite detido no 31º Distrito Policial. Na sequência, será encaminhado à audiência de custódia. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) provavelmente emitirá nesta terça-feira (7) sua decisão a respeito o pedido de habeas corpus em favor do motorista.

Na madrugada de 31 de março, Sastre Filho dirigia em alta velocidade um Porsche pela Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, quando colidiu contra um carro, causando a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, 55 anos. O laudo pericial feito posteriormente mostrou que o carro do empresário havia atingido 156 km/h momentos antes da colisão.

Policiais militares atenderam à ocorrência, mas liberaram o empresário sem exigir que ele fizesse bafômetro. Um inquérito policial militar (IPM) apura a conduta dos agentes. A Polícia Civil pediu a prisão de Sastre Filho por duas vezes, e o Ministério Público reiterou o pedido ao oferecer a denúncia, em 29 de abril. Entretanto, a Justiça negou os três pedidos, só reconsiderando a situação na última sexta-feira.

A prisão só foi decretada no dia 3 de maio, quando o MP-SP recorreu ao Tribunal de Justiça, a segunda instância do Judiciário paulista. Desde então, a Polícia Civil buscava o empresário para cumprir a ordem de prisão, mas ele não havia se apresentado à Justiça nem foi encontrado em seus endereços. Por isso, era considerado foragido.

(Foto: Reprodução/TV Globo)

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