Moro e Dallagnol silenciam sobre a fala do Papa que disse ter sido ilegal a prisão de Lula

Parodiando a canção de Zeca Baleiro “Por onde andará Stephen Fry?”, a pergunta que não cala, em Brasília, nos meios políticos, é por onde andará Sérgio Moro, depois que o Papa Francisco falou sobre a prisão de Lula e a destituição de Dilma Roussef da Presidência da República.

O senador Sergio Moro (União-PR) adotou o silêncio para não repercutir a declaração do Papa, em uma entrevista, ao afirmar, entre outras coisas, que Lula foi preso injustamente e que a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) “tem as mãos limpas”.

Resultante da Operação Lava Jato, comandada pelo hoje senador, a prisão de Lula foi depois derrubada pelo STF por absoluta falta de provas.

A conversa com o Papa foi exibida na noite da última quinta-feira (30) pelo canal argentino C5N e repercutiu no Brasil na sexta-feira (31) e durante o final de semana.

O pontífice comentou sobre o lawfare, termo utilizado para se referir ao uso do sistema da Justiça para perseguir politicamente adversários e citou casos no Brasil, Equador, Argentina e Bolívia. Procurado pelo Congresso em Foco, Moro não quis se manifestar.

Sérgio Moro e o ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) estão sendo procurados pela imprensa para falar a respeito das declarações de Francisco, mas se esquivam. (Foto Stefano Costantino/SOPA Images/Getty)

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