STF havia anunciado na manhã desta terça (16), erroneamente, que o ex-presidente Bolsonaro e o deputado Ramagem, que chefiou a Abin, estavam impedidos de se comunicarem
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a proibição da comunicação entre investigados de dois inquéritos que apuram a chamada “Abin paralela” – uma suposta estrutura clandestina que serviria a interesses da família do antigo clã presidencial – e um sobre a suposta tentativa de Golpe de Estado.
Mais cedo, o STF informou que a decisão restringia o contato entre o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem. Mas o despacho do magistrado não veda a comunicação entre ambos. A proibição de comunicação consta na decisão da última quinta-feira (11), quando Moraes autorizou a deflagração da quarta fase da operação “Última Milha”– que tem como foco a apuração de um suposto esquema de monitoramento ilegal no seio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Na tarde desta terça-feira, a defesa de Jair Bolsonaro informou que apresentaria um recurso para esclarecer quais investigados estão proibidos de falar entre si. Ramagem está no centro das investigações envolvendo o chamado esquema da “Abin paralela” e, hoje, é o nome defendido por Bolsonaro para a prefeitura do Rio.
Há a expectativa de que o deputado federal se reunisse com Bolsonaro ainda esta semana para acertar os ponteiros antes das atividades no Rio. Na quarta, Ramagem prestará depoimento à PF para esclarecer indícios de monitoramento ilegal de autoridades públicas quando ocupava a direção da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), na gestão Bolsonaro.
(Foto: Marcos Corrêa/PR)