Moraes manda soltar ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, que usará tornozeleira

Detido desde agosto de 2023, ele é acusado de tentar interferir no segundo turno das eleições de 2022 para favorecer Jair Bolsonaro. Ministro do STF determinou ainda que ex-diretor da PRF do governo Bolsonaro entregue o passaporte, terá o porte de arma suspenso e está proibido de usar redes sociais

 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a soltura de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nesta sexta-feira (9) completaria um ano que Vasques está preso.

No entanto, Moraes estabeleceu que Vasques use tornozeleira eletrônica, cancelou seu passaporte e o proibiu de deixar o país, suspendeu seu porte de arma de fogo e vetou que faça uso das redes sociais. E terá ainda que se apresentar periodicamente à Justiça. As informações são da jornalista Camila Bomfim, do portal g1.

Silvinei responde à acusação de tentar interferir no segundo turno da eleição presidencial de 2022, beneficiando Jair Bolsonaro. O advogado Eduardo Nostrani Simão, que representa Silvinei Vasques, afirmou que recebeu com “satisfação” a notícia sobre a liberação do ex-diretor da PRF. “Defendemos não apenas o Silvinei, mas o Estado de Direito. Defendemos que no Brasil a lei seja um argumento.”

 

Preso há um ano na Papuda

Nomeado como diretor-geral da PRF pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2021, Vasques está preso no Complexo da Papuda, em Brasília, desde 9 de agosto de 2023 por supostamente tentar interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. Segundo a Polícia Federal (PF), ele teria “direcionado recursos humanos e materiais com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022”.

A investigação da PF reuniu elementos que, segundo investigadores, comprovam atuação da PRF para impactar as últimas eleições. Em 25 de novembro de 2022, Vasques se tornou réu por improbidade administrativa, após ser acusado de uso indevido do cargo que ocupava, bem como de símbolos e imagem da instituição policial durante as eleições presidenciais.

Ele foi absolvido em primeira instância. O Ministério Público Federal (MPF) recorreu. Em dezembro do mesmo ano, Vasques foi dispensado do cargo e, no mesmo mês, a PRF concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral, então com 47 anos.

(Foto: Reprodução)

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