Moraes determinou apreensão de passaporte e armas de Bolsonaro

Com a decisão do ministro, o ex-presidente está proibido de deixar o país, assim como outros investigados. Compromisso em um evento conservador em Portugal deverá ser cancelado. 

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. A autorização para que a Polícia Federal (PF) recolhesse o documento foi concedida na mesma decisão que permitiu a ação de buscas contra o político. Com a decisão, o ex-presidente fica impedido de deixar o país. Ele, inclusive, terá que cancelar a participação que faria em evento conservador em Portugal no próximo dia 13.

Além do passaporte, o magistrado autorizou que equipamentos de informática e celulares sejam recolhidos. O ministro determinou a busca e apreensão de “armas, munições, computadores, passaporte, tablets, celulares e outros dispositivos eletrônicos, bem como de quaisquer outros materiais relacionados aos fatos aqui descritos”.

As ações tiveram como alvos, além de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência, que foi preso, o ex-vereador do Rio de Janeiro, Marcelo Siciliano; o deputado federal pelo MDB-RJ, Gutemberg Reis de Oliveira; o médico Farley Vinicius Alcântara, acusado de envolvimento no esquema; Marcelo Costa Câmara, assessor especial de Bolsonaro; Eduardo Crespo Alves, militar; entre outros.

A PF também pediu busca e apreensão contra a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, mas teve a solicitação negada pelo magistrado. De acordo com as investigações, foi criado um esquema criminoso para alterar dados vacinais de Bolsonaro, da filha dele, menor de 18 anos, Laura Bolsonaro, do próprio Mauro Cid e pessoas próximas dele.

 

Passaporte

Ainda não se sabe se os agentes policiais encontraram o passaporte do ex-presidente durante a ação desta quarta-feira (3). No entanto, ao que tudo indica, os policiais envolvidos na operação ignoraram a determinação. “O objeto não era de interesse da investigação”, relatou um agente da PF. A informação foi confirmada ao site Metropoles por outra fonte do gabinete do ministro Alexandre de Moares. Apesar da ordem constar no despacho, investigadores da PF consideraram a medida desnecessária.

“O passaporte do ex-presidente Bolsonaro não será apreendido. O ministro (Moraes) autorizou tudo o que poderia ser apreendido. A PF apreende o que é de interesse da investigação. O ministro decide de modo amplo. Quem decide exatamente o que pega é a polícia”, disse a fonte ligada ao gabinete de Moraes. (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

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