Ministro do STF autoriza inquérito contra Nikolas Ferreira por ofensas a Lula

O parlamentar se referiu a Lula como “um ladrão que deveria estar na prisão” e será investigado por possível crime de honra contra o presidente; inquérito pode levar a condenação

 

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou a Polícia Federal (PF) abrir um inquérito para apurar se o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) cometeu crime de honra ao chamar o presidente Lula (PT) de “ladrão”. A decisão de Fux segue um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que em março já havia expressado apoio à investigação.

As declarações que colocaram Ferreira na mira da PF foram proferidas durante um evento da Organização das Nações Unidas (ONU), em novembro do ano passado, onde o parlamentar chamou Lula de “ladrão que deveria estar na cadeia”.

Na ocasião, Nikolas ainda criticou o ator norte-americano Leonardo DiCaprio e a ativista Greta Thunbergpor seu apoio ao presidente nas eleições de 2022. Estas declarações motivaram o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, a solicitar a investigação do deputado por injúria.

A decisão de Fux ressalta que a imunidade parlamentar não pode ser usada como escudo para “disparar ataques” e visa assegurar o “regular andamento das investigações”.

Na decisão, publicada nesta quarta-feira (10), Fux deu um prazo de 60 dias para a PF concluir as diligências e apresentar um relatório. Após essa fase, caberá à PGR decidir sobre a apresentação de uma denúncia contra o parlamentar. Caso a infração seja confirmada, o deputado pode enfrentar uma pena de até seis meses de detenção ou o pagamento de uma multa.

(Foto: André Violatti/Folhapress)

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