Ministro diz que PF quer saber se muamba das joias tem a ver com suposto suborno para venda de refinaria

Falando à imprensa de Brasília, nesta quinta-feira, 16, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o caso das joias trazidas ilegalmente para o Brasil e usurpada pelo governo Bolsonaro, certamente vai gerar consequências judiciais.

“Esse é o caso tecnicamente mais simples, porque ele comporta basicamente prova documental, prova pericial”, disse o ministro. “Pessoas que foram citadas e referidas estão sendo ouvidas, porque é um direito e a polícia federal cumpre – hoje – rigorosamente o que está no código de processo penal. Ou seja, não será uma investigação de anos e anos, nos próximos meses o caso será concluído e entregue ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, explicou o Flávio Dino.

1O ministro da Justiça pontuou ainda que uma das linhas de investigação adotada pela Polícia Federal procura esclarecer se o  suposto presente foi relacionado com negócios fechados pelo governo Bolsonaro com os países árabe, especialmente a venda pela metade do valor estimado da refinaria da Petrobras Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo árabe Mubadala Capital, ligado ao governo saudita.

“Há muitas linhas de investigação e eu não conheço todas, porque os inquéritos tramitam na Polícia Federal. Certamente, pela lógica, uma das linhas de investigação é de discernir o que é presente razoável e – portanto – admissível segundo as melhores práticas internacionais, daquilo que tem e pode ter outras motivações. É uma linha de investigação até comparativa, entre outros países e viagens, para identificar realmente se é usual que presentes de dezesseis milhões de reais sejam ofertados”, completou

Documentos apontam que uma comitiva do governo Bolsonaro tentou entrar de forma ilegal no país com um conjunto de joias Chopard, avaliado em R$16,5 milhões, em outubro de 2021.

O suposto presente do governo da Arábia Saudita à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) foi apreendido pela Receita Federal, na Alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

A partir disso, ministros e militares passaram a atuar para recuperar o material. (Foto: ilustração Ribeiro Smith- AP)

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