Ministro defende troca de avião presidencial após pane

Ministro da Defesa, José Mucio, citou a necessidade de um modelo com mais autonomia de voo

 

O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, defendeu nesta sexta-feira (4) a compra de um novo avião presidencial, após o episódio em que a aeronave que transportava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou problemas, nesta semana, no México. Ele confirmou sua posição em mensagem encaminhada à CNN Brasil.

Assim como o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Marco Antonio Amaro, Múcio defende uma aeronave com maior autonomia de voo. Na quinta-feira (3), o chefe da Força Aérea Brasileira (FAB) afirmou considerar a aeronave usada por Lula segura, apesar da falha, mas alegou que ela não tem a capacidade que o Brasil precisa.

“Esse avião completa 20 anos em 5 de janeiro. É seguro, mas, além disso, tem autonomia que nos atende em parte. Acho que um País como o nosso, uma potência mundial, deve ter um avião maior, que tenha mais autonomia e mais espaço para levar o mandatário”, argumentou.

O atual avião da Presidência da República tem uma autonomia de 11 mil quilômetros e capacidade para transportar 45 pessoas, entre passageiros e tripulação. Com isso, em uma viagem do presidente para o extremo Leste Europeu ou Ásia, por exemplo, é preciso duas ou três paradas intermediárias.

A decisão de compra de uma nova aeronave será tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao retornar a Brasília, após o primeiro turno. O Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está no México para apurar o que ocorreu com o avião presidencial que precisou fazer um pouso de emergência na terça-feira (1).

Não há prazo para um relatório preliminar sobre o incidente com a aeronave. O avião precisou sobrevoar a capital mexicana por cerca de cinco horas para queimar combustível e realizar um pouso seguro. A aeronave experimentou uma anomalia técnica após a decolagem, resultando em alta vibração em uma das turbinas.

O A-319 é usado para as viagens de longa distância, como a realizada para a Cidade do México. A aeronave foi comprada em 2004 por US$ 56,7 milhões (cerca de US$ 96,4 milhões, em valores atualizados). A aquisição ocorreu após a aeronave pelo então vice-presidente, Marco Maciel, também sofrer um problema técnico, em 1999.

No ano passado, um estudo foi feito sobre a possibilidade de substituição do atual avião da Força Aérea Brasileira. Segundo projeções de auxiliares do governo, a opção mais barata poderia custar de US$ 70 milhões a US$ 80 milhões. A decisão por não trocar naquele momento foi tomada após deputados da oposição terem movido uma ação judicial parar barrar preventivamente a aquisição de um novo avião.

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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