Milei se recusa a pedir desculpas e define Lula como ‘esquerdinha com ego inflamado’

Lula disse que não falaria com Milei até que ele pedisse desculpas. Presidentes se reunião no Paraguai em julho, no encontro na cúpula do Mercosul

 

O presidente da Argentina, o ultraliberal Javier Milei, questionou nesta sexta-feira (28), a necessidade de pedir desculpas para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por ter chamado, durante a campanha, o brasileiro de “corrupto” e “comunista”.

Lula disse publicamente que não falaria com Milei até que ele pedisse desculpas. “Eu não conversei com o presidente da Argentina porque acho que ele tem que pedir desculpas ao Brasil e a mim, ele falou muita bobagem, só quero que ele peça desculpas”, disse após a vitória de Milei para o comando argentino.

Ao ser questionado pelo canal de televisão LN+ sobre o pedido de Lula,  Milei declarou que “os interesses dos argentinos e dos brasileiros são mais importantes do que o ego inflamado de algum esquerdista”.

“Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse… comunista? Por acaso [Lula] não é comunista? Desde quando tem que pedir perdão por dizer a verdade? Ou estamos tão doentes de correção política que não se pode dizer nada para a esquerda ainda quando for verdade?”, indagou Milei.

Milei e Lula se reunirão em Assunção no início de julho, durante a cúpula do Mercosul, bloco comercial do qual são grandes parceiros, junto ao Paraguai e ao Uruguai. Uma fonte da Chancelaria paraguaia confirmou à AFP a presença dos dois líderes na reunião de 8 de julho.

Ambos os presidentes cumprimentaram-se quando se encontraram recentemente na Itália, durante a cúpula do G7, mas não se reuniram. Lula havia declarado que “a Argentina é um país muito importante para o Brasil, e o Brasil é muito importante para Argentina. Não é um presidente da República que vai criar uma cizânia entre Brasil e Argentina”.

Lula não compareceu à posse de Milei em dezembro, para a qual foi convidado seu adversário político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), próximo do presidente argentino.

(Foto: Reprodução)

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