Mercado já confia em Haddad e não vê mais risco de recessão

O mercado mantém as críticas ao governo de Lula, mas apresentou uma pequena melhora na avaliação, revela a nova pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (10). O setor também confia mais em Fernando Haddad e a maioria passou a acreditar que não haverá recessão este ano.

Virando o jogo das porcentagens, 60% dos entrevistados acreditam que o Brasil não corre mais o risco de recessão este ano (em comparação a 73% de março deste ano que, sim, apostavam na recessão).

Avaliação do governo Lula

Em comparação à pesquisa anterior, o governo teve uma redução de 4 pontos percentuais nas avaliações negativas deste setor, entre representantes do mercado financeiro, passando de 90% para 86%, mas ainda permanecendo em alto patamar.

Também houve uma singela melhora de dois pontos percentuais nas avaliações positivas e regular.

E os políticos ligados a Lula ainda mantém grande rejeição do mercado: Gleisi Hoffmann, Aloizio Mercadante e o próprio presidente são os menos confiáveis, versus o presidente do Banco Central, Campos Neto, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador de Minas, Romeu Zema (Novo).

Avaliação de Haddad

Já em relação ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, representantes do mercado agora tem uma boa avaliação positiva dele: 26% em comparação aos 10% de março e uma queda de 52% para 37% entre os que o avaliavam de forma regular e 37% que ainda avaliam negativamente.

A mudança de uma maior adesão a Haddad, agora, ocorre após a apresentação do novo arcabouço fiscal pelo ministro. Por outro lado, grande parte do setor também ainda mantém uma imagem negativa da proposta (48% contra 49% de regular e 3% de positiva), acreditando que a medida não resolverá a dívida pública brasileira.

Outro apoio do setor a Haddad foi em sua proposta de revisão das renúncias fiscais: 92% se posicionou a favor da medida.

Concordam com a taxa Selic

Representantes do mercado também concordaram com a manutenção da Selic no atual patamar pelo Banco Central: 91% acredita que foi correta. Por outro lado, a maioria (88%) també acredita que a taxação cairá este ano.

A pesquisa Genial/Quaest ouviu 92 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão de 57 casas de investimento do Rio de Janeiro e de São Paulo, entre os dias 4 e 8 de maio. (Foto: Reprodução)

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