Um profissional da medicina foi detido sob a suspeita de ter disparado e causado a morte de sua namorada, que era uma jovem, no último sábado (3) em Guarantã do Norte, localizada a 721 km de Cuiabá, no estado de Mato Grosso.
Kethlyn Vitoria de Souza, de 15 anos, levou um tiro na cabeça. Na madrugada de sábado, por volta da 1h, a jovem recebeu atendimento em um hospital local, onde os médicos tentaram reanimá-la por 40 minutos. Hoje, ela foi enterrada no cemitério municipal de Guarantã do Norte, conforme informações fornecidas pela funerária.
Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, foi quem levou a jovem ao hospital. De acordo com o registro policial, um enfermeiro informou à Polícia Militar que o homem chegava ”claramente angustiado”, suplicando para que ”salvassem a sua garota, afirmando que não conseguiria viver sem ela”. Ao receber a notícia da morte da adolescente, Bruno tentou danificar alguns objetos na instalação, incluindo uma janela e uma porta.
A polícia investiga a data de início do relacionamento entre os dois. Em uma entrevista coletiva realizada hoje, o delegado Waner dos Santos informou que, se o envolvimento tiver começado antes que a jovem completasse 14 anos, o médico poderá ser acusado de crime de estupro de vulnerável.
O casal se encontrava em um automóvel no momento em que o tiro foi disparado. O delegado Waner dos Santos Neves declarou que a versão inicial sugere que o médico disparou contra ela dentro do carro, mas as autoridades ainda estão apurando os motivos e as circunstâncias do crime.
Um homem se apresentou na delegacia hoje. A Justiça de Mato Grosso transformou a detenção em flagrante em prisão preventiva.
Na versão inicial do acusado, que foi enviada ao irmão em forma de gravação, ele afirma que a garota disparou contra si mesma. Contudo, o delegado declarou que essa afirmação não se alinha com o laudo de investigação.
Enquanto estava detido, o médico declarou em seu testemunho que o tiro foi dado de forma acidental, conforme informado pelo delegado responsável pela investigação.
A defesa de Bruno caracterizou o incidente como um ”acidente”. De acordo com o advogado Fábio Henrique, o disparo ocorreu de forma acidental devido à interação entre ”álcool, condução de veículo e a posse de uma arma”. Ele não se manifestou sobre a hipótese de suicídio mencionada pelo cliente. ”Ele era apaixonado por essa jovem e tinha intenções de se casar. Infelizmente, armas não são seguras, e combiná-las com direção e bebida é ainda mais perigoso”, afirmou.
Bruno completou sua graduação em medicina em 2020 na Universidade Cristã da Bolívia. Durante uma consulta que ocorreu hoje, o seu prontuário médico está em conformidade. (Foto: Redes Sociais)