Medicamento usado no tratamento de câncer de intestino mostra 100% de eficácia na cura da doença

Estudo mostra resultados sem precedentes em tratamento contra câncer de intestino avançado

 

Um medicamento imunoterápico pode poupar os pacientes com câncer de intestino da necessidade de cirurgia e quimioterapia, depois que um teste clínico constatou que ele foi 100% bem-sucedido na eliminação da doença. A farmacêutica britânica GSK (GlaxoSmithKline), afirmou que seu medicamento, o Jemperli, também conhecido como dostarlimab, apresentou “resultados sem precedentes”, sem deixar vestígios da doença em nenhum dos 42 pacientes tratados.

O Jemperli já foi aprovado pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido para mulheres com alguns tipos de câncer de útero avançado ou recorrente. A pesquisa, realizada em parceria com o Memorial Sloan Kettering Cancer Center (MSK), mostrou que 100% dos pacientes que completaram o tratamento com Jemperli não apresentaram mais tumores ou quaisquer evidências da volta do câncer.

O levantamento acompanhou 42 pacientes com câncer de cólon e reto avançado com defeito de reparo de DNA, que receberam tratamento com Jemperli como primeira linha de tratamento, em substituição à cirurgia. Os resultados demonstram que o medicamento é capaz de causar uma resposta completa e duradoura ao câncer, sem a necessidade de tratamentos invasivos e com efeitos colaterais negativo, como a quimioterapia, a radioterapia ou as cirurgias.

“Esses resultados são impressionantes”, disse Hesham Abdullah, Vice-Presidente Sênior e Chefe de Oncologia, R&D, GSK. “Essas descobertas nos aproximam mais da compreensão do potencial do Jemperli em um setting curativo para pacientes com câncer de cólon e reto com defeito de reparo de DNA.”

“Essas descobertas demonstram o potencial do Jemperli como uma abordagem inovadora para tratar câncer de cólon e reto avançado com defeito de reparo de DNA, que leva a uma regressão completa e duradoura do tumor sem a necessidade de tratamentos invasivos”, disse Andrea Cercek, Chefe de Seção de Câncer de Cólon e Co-Diretora do Centro de Câncer Gastrointestinal Jovem, MSK e Investigadora Principal do estudo.

Ele é um anticorpo que bloqueia a interação entre proteínas que causam câncer por conta de reparo de DNA. O medicamento já foi introduzido no National Health Service, o SUS do Reino Unido, e promete ser uma arma poderosa da humanidade contra os cânceres de intestino e endométrio.

 

(Foto: © Pixabay)

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