Mais 200 golpistas começam a ser julgados nesta terça-feira

O julgamento no STF terminará em 2 de maio. Na segunda-feira (24), a Corte tornou réus outros 100 denunciados pelos atos do dia 8 de janeiro

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (25) a análise de mais 200 denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra as pessoas acusadas de estarem envolvidas nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. O julgamento, que acontecerá em sessão virtual, prosseguirá até o dia 2 de maio.

Foram instaurados dois inquéritos, contendo mais de 100 denúncias em cada um. O STF irá decidir se abre ações penais contra os acusados. Caso a maioria dos ministros aceite as denúncias, eles viram réus. A decisão sobre tornar os acusados réus é o primeiro passo de um processo criminal. A partir daí, a Justiça começa a analisar provas, ouvir testemunhas para, ao final, decide se condena ou absolve cada um.

O relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, votou para tornar réus os 200 investigados. A lista inclui suplentes de vereador, pequenos empresários e advogados, entre outros. Um dos inquéritos abrange as denúncias contra os crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e dano qualificado, além da prática do crime de deterioração de patrimônio tombado. No outro inquérito, são investigados os autores intelectuais e pessoas que incitaram o vandalismo. Os acusados poderão responder por incitação ao crime e associação criminosa.

Nesta segunda (24), o STF tornou réus outros 100 denunciados pelos atos golpistas, por 8 votos a 2. Votaram contra, os ministros indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, André Mendonça e Nunes Marques. O caso ocorreu no dia 8 de janeiro, quando extremistas que não aceitam o resultado da eleição promoveram quebra-quebra na Esplanada.

No total, 1.390 foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento com os ataques golpistas. O STF deverá analisar todos os casos, mas não há prazo para isso acontecer.

(Foto: Uesley Marcelino/Reuters)

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