Lula volta a condenar ataques de Israel ao Líbano

Presidente brasileiro voltou a criticar o “genocídio” promovido pelo governo de Benjamin Netanyahu

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a condenar o governo de Benjamin Netanyahu, de Israel, após os ataques ao Líbano. O petista argumentou que a maioria da população do país não concorda com o “genocídio” promovido pela gestão, e lembrou que o país desrespeitou diversas propostas de cessar-fogo das Nações Unidas.

“Eu condeno de forma veemente esse comportamento do governo de Israel, que eu tenho certeza que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, respondeu ao ser questionado em entrevista coletiva na sede da ONU, em Nova York, antes de embarcar de volta ao Brasil.

“Nós estamos brigando para libertar os reféns do Hamas. Não tem sentido fazer de reféns pessoas inocentes, e é importante que o Hamas contribua, para que tenha mais eloquência e exigência sobre o governo de Israel, liberar os reféns”, acrescentou o presidente.

O presidente citou ainda o número de mortos causado pelos ataques recentes de Israel ao Líbano, que mataram 632 pessoas, sendo 94 mulheres e 50 crianças, feriram 2.058 e forçaram 10 mil pessoas a deixarem suas casas. “Eu, sinceramente, acho que os países que dão sustentação ao discurso do primeiro-ministro Netanyahu precisam começar a fazer um esforço maior para que esse genocídio pare”, pontuou.

Lula também destacou que Netanyahu vem desrespeitando decisões das Nações Unidas, e citou que esse é um dos motivos para defender uma reforma ampla da ONU, tema lembrado defendido por Lula em todos os seus compromissos em Nova York, desde o fim de semana. E comparou o primeiro-ministro com o presidente da Rússia, também envolvido em uma invasão militar.

“Netanyahu foi julgado pelo Tribunal Internacional, que julgou (Vladimir) Putin, e ele está condenado da mesma forma que o Putin. Várias tentativas de paz e de cessar fogo foram aprovadas, e ele não cumpre. Simplesmente não cumpre. E, por isso, nós estamos nessa briga de fortalecer a ONU como instrumento que tenha a força de tomar decisões e fazer as cosias acontecerem”, frisou.

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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