Lula se manifesta após ameaças: ‘Se tivesse medo, não seria presidente’

Após prisão de homem que o ameaçou na quinta-feira (3) e de uma nova operação da PF nesta sexta, contra outro suspeito que publicou em seus perfis nas redes sociais imagens com ameaças, Lula diz que não tem ‘medo de cara feia’ e reclama de carro blindado

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (4) que não tem “medo de cara feia” e disse que, “se tivesse medo, não seria presidente”. Lula fez a declaração ao comentar a prisão na quinta-feira (3) de um homem suspeito de planejar um atentado contra ele e uma operação nesta sexta-feira de busca e apreensão contra outro homem que publicou em seus perfis nas redes sociais imagens com ameaças ao presidente.

“Vocês vão ter a notícia de que a PF prendeu um cidadão em Santarém, que disse que ia me matar hoje, quando eu chegasse lá. Ele tá preso. Há boatos de que em Belém também tem um cidadão que disse que ia matar. Se eu tivesse medo, eu não tinha nascido. Se eu tivesse medo, eu não seria presidente da República. Eu aprendi com a minha mãe a não ter medo de cara feia. Cachorro que late, não morde”, discursou Lula, durante evento em Parintins (AM).

Na noite quinta-feira, a Polícia Federal (PF) prendeu um fazendeiro do Pará, após investigações apontarem que ele tinha um plano para atirar em Lula, que tem visita programada ao estado a partir desta sexta-feira. Na manhã desta sexta, a PF cumpriu um mandado de busca e apreensão, em Belém, no Pará, contra um suspeito de propagar ataques violentos contra Lula. De acordo com a PF, a ação “busca angariar mais elementos de convicção acerca do cometimento de crimes e evitar a possibilidade de atentado ao Presidente, posto que o suspeito atua profissionalmente como vigilante e possui porte de arma de fogo”.

Na mesma cerimônia, Lula também pediu desculpas aos presentes por ter chegado ao local de carro blindado, por não ter tido contato com apoiadores. “Eu desço no aeroporto me colocam dentro de um carro blindado, vidro fumê, tinha insulfilm, eu não consigo ver ninguém e ninguém consegue me ver. Mulheres, homens e crianças na rua fazendo um sacrifício enorme para olhar se conseguia enxergar a gente e eu dentro de um carro como se estivesse dentro de um presídio. Eu quero pedir desculpas a você de coração. Isso não se repetirá”, garantiu.

O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nas redes sociais, nesta quinta, que “isso não é liberdade de expressão”, e que a Polícia Federal seguirá aplicando a lei contra criminosos. “Renovo os apelos para que as pessoas protestem pacificamente e esperem a eleição de 2026”, continuou.

(Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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